Empresário propõe vender 7 mil obras de arte para salvar empregos
O empresário austríaco Karlheinz Essl propôs nesta segunda-feira (24) ao governo da Áustria vender sua coleção de 7 mil obras de arte, estimada em 86 milhões de euros (275 milhões de reais), para pagar as dívidas de sua rede de lojas bauMax, ameaçada de falência.
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"Minha esposa e eu estamos dispostos a transferir toda a coleção à República, se com este gesto pudermos salvar a Baumax e os cerca de 4 mil empregos da rede na Áustria", disse Essl, cujo acervo está exposto no museu em seu nome na cidade de Klosterneuburg, ao norte da capital, Viena.
O casal Karlzheinz e Agnes Essl começou a formar sua coleção em 1970. O acervo é considerado, hoje, uma das mais importantes coleções de arte contemporânea privada da Europa, centrada na criação austríaca e incluindo também obras de artistas internacionais.
O ministro da Cultura austríaco, Josef Ostermayer, disse que estava aberto para discutir soluções com a família Essl, bancos e autoridades. "Salvar 7 mil obras de arte e 4 mil empregos é extremamente importante", declarou um porta-voz do ministério.
No entanto, o especialista em arte Hans Otto Ressler afirmou à agência austríaca APA que a venda de obras da coleção Essl no mercado provocaria uma "queda dramática no valor da arte austríaca".
A cadeia de lojas de material de construção bauMax, que emprega 8.900 funcionários em nove países, está sob a ameaça de um processo de insolvência. A empresa acumulou prejuízos de 126 milhões de euros (404 milhões de reais) em 2012. O balanço de 2013 ainda não é conhecido.
Em 2012, o empresário criou uma fundação para administrar sua coleção de arte, mas o acervo só estará fora do alcance dos credores em 2017.
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