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Portugal/Crise

Premiê português denuncia "hipocrisia" do FMI

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, denunciou nesta sexta-feira a "hipocrisia" do Fundo Monetário Internacional, FMI, por defender que as medidas de austeridade sejam amenizadas, sem transformar esse discurso em atos.

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, denunciou a "hipocrisia" do FMI  sobre o plano de austeridade imposto ao país.
O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, denunciou a "hipocrisia" do FMI sobre o plano de austeridade imposto ao país. REUTERS/Tobias Schwarz
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A declaração foi feita em resposta a afirmação da diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, que reconheceu na terça-feira em Bruxelas ter exigido de Portugal e da Grécia "muito rapidamente, uma forte consolidação orçamentária". Se dizendo "surpreso" pelas palavras de Lagarde, o primeiro-ministro português reforçou que "há dois anos pede uma atenuação do programa de ajuste de objetivos orçamentários", impostos pelos credores do país.

"O ex-ministro (das Finanças) Vitor Gaspar disse um dia, em relação a declarações idênticas de Christine Lagarde, que há uma certa hipocrisia da parte dessas instituições internacionais. Eu não escondo que Gastar tinha inteiramente razão", disse durante um debate parlamentar.

Até então defensor das condições impostas pelos credores de Portugal, Passos Coelho, revelou na quinta-feira que as afirmações do FMI não são coerentes com as decisões tomadas em reuniões com seus especialistas. Na mesma data, o governo português garantiu que o país criou as condições necessárias para não precisar de um segundo plano de resgate.

Em setembro, Lisboa pediu em vão à troika, formada pelo FMI, pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu, para reduzir o objetivo de déficit público para 2014 de 4% a 4,5%. Os credores devem concluir na próxima semana uma nova avaliação para determinar se vão liberar mais uma parcela no valor de 2,7 bilhões de euros, como parte do acordo financeiro de 78, bilhões de euros assinados com o país em maio de 2011.

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