Transações de obras de arte contemporânea batem recorde em 2012-2013
O mercado de arte contemporânea no mundo cresceu 15% em 2012/2013, ultrapassando pela primeira vez 1 bilhão de euros em transações, informou hoje a Artprice, líder mundial em dados sobre o mercado de arte. O “recorde histórico” representa a “maturidade” deste mercado, conforme a especialista.
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De julho de 2012 até ao final de junho de 2013, o produto das vendas de arte contemporânea produzida por artistas nascidos depois de 1945 chegou a 1.047 milhões de euros, o equivalente a 140 milhões de euros a mais do que no mesmo período do ano anterior, conforme a empresa francesa. Trata-se, segundo a Artprice, de um “recorde histórico”.
No entanto, considerando-se todos os segmentos (incluindo arte antiga, do século XIX, arte moderna, etc), o mercado de arte caiu 2,4%, passando para 8.092 milhões de euros em 2012/2013, conforme o relatório anual da Artprice. “Este crescimento da arte contemporânea é a prova da maturidade deste mercado, que até recentemente era o primeiro a afundar em períodos de crise”, disse Thierry Ehrmann, presidente e fundador da Artprice.
“Agora, há muito mais crédito de confiança [à arte contemporânea]. Os novos museus são criados no mundo compram muita arte contemporânea, e os investidores em seguida se interessam”, de acordo com Ehrmann. “O número de colecionadores com forte capacidade financeira tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Para satisfazer esta demanda, a arte contemporânea tornou-se incontornável”, destacou.
A arte contemporânea ainda só representa 13% das transações no mercado de arte, mas a partir de agora este segmento dá sinais de estar cada vez mais sólido. Há 10 anos, as vendas deste tipo de arte só chegavam a 75 milhões de euros, até despontarem para 979 milhões em 2007/2008.
Os Estados Unidos voltaram a ser os maiores compradores em 2012/2013, ultrapassando por pouco a China e o Reino Unido e, ainda mais atrás, a França. Segundo a Artprice, a arte “pós-guerra”, que integra os artistas nascidos entre 1920 e 1945, como Andy Warhol e Jackson Pollock, está estável com 1,66 mil milhões de euros em 2012/2013.
Em contrapartida, a “arte moderna” do período 1860-1919 caiu mais de 9%, para 3,85 mil milhões de euros, mas ainda representa ainda 47% das transações. “A um certo distanciamento da arte moderna, que responde menos às expectativas dos novos colecionadores”, explicou Ehrmann.
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