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França/Economia

Air France pretende cortar mais 2.500 vagas até 2014

A direção da Air France, que passa por uma grande reestruturação, anunciou nesta quarta-feira, 31 de julho, durante um comitê central da empresa, que pretende cortar mais 2.500 vagas de trabalho em 2014, por meio de demissões voluntárias.

A direção da Air France anunciou nesta quarta-feira, 31 de julho de 2013, que pretende suprimir cerca de 2.500 empregos até 2014.
A direção da Air France anunciou nesta quarta-feira, 31 de julho de 2013, que pretende suprimir cerca de 2.500 empregos até 2014. REUTERS/Eric Gaillard
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"O projeto de redução suplementar de efetivos, mencionado hoje durante o Comitê central da empresa, será calculado e discutido com as organizações sindicais neste outono. Ele poderia representar um pouco mais da metade do excesso de funcionários identificado em 2012", declarou um porta-voz da Air France, sem especificar o número.

O grupo havia apontado em 2012 um excesso de 5.100 funcionários, então esse corte de empregos deve ficar em torno de 2.500 vagas.

Um pouco mais cedo, Didier Fauverte, secretário-geral da CGT, um das maiores centrais sindicais francesas, havia afirmado que a direção da Air France realizaria os cortes por meio de um ou vários planos de demissão voluntária.

No contexto de Transform 2015, um acordo de corte de gastos assinado em 2012 entre a direção e os sindicatos, Air France já suprimiu 5.122 vagas. Em dois anos, entre junho de 2011 e junho de 2013, a empresa perdeu 5.600 cargos, passando de 106.300 funcionários a 100.700, incluindo os trabalhadores temporários.

Medidas de congelamento de salários também foram aplicadas e alguns acordos trabalhistas foram renegociados.

O objetivo de Transform 2015 é realizar em três anos uma economia de dois bilhões de euros e fazer com que a dívida da empresa diminua para 4,5 bilhões de euros até o final de 2014, contra 6,5 bilhões de euros em janeiro de 2012.

Há alguns meses a direção havia anunciado que esse plano seria ampliado. O grupo Air France-KLM sofreu perdas no valor de 800 milhões no ano passado, sobretudo provenientes da Air France. A rede de voos de curta e média distância e os aviões dedicados ao transporte exclusivo de carga são os pontos mais fracos.

A reestruturação que está sendo realizada há um ano e meio produziu resultados significativamente melhores no segundo trimestre de 2013. De abril a junho, as perdas do grupo foram de 163 milhões de euros, cinco vezes menos que no mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, ele teve um lucro de exploração de 79 milhões de euros, contra uma perda de 79 milhões de euros um ano antes, segundo o presidente da empresa, Alexandre de Juniac.

Didier Fauverte enfatizou que um plano de demissões voluntárias já havia sido aplicado dois anos antes do acordo Transform 2015. "No espaço de quatro anos, teremos perdido entre 12 e 15 mil pessoas. Isso começa a ser bastante", comentou ele.

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