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Chipre/Crise

Chipre fecha acordo de resgate com credores internacionais

O Eurogrupo confirmou na tarde desta sexta-feira a assinatura de um acordo de ajuda ao Chipre. Depois da aprovação formal pelo Mecanismo de Estabilidade Europeu, em duas semanas, a primeira parcela do total de 10 bilhões de euros (R$ 25 bilhões) deve estar disponível para o governo cipriota a partir de maio.

O presidente cipriota Nicos Anastasiades.
O presidente cipriota Nicos Anastasiades. REUTERS/Bogdan Cristel
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“Saúdo o acordo obtido com a troika [União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetáro Internacional]. Ele está de acordo com os parâmetros e objetivos-chave acordados pelo Eurogrupo”, disse hoje Jeroen Dijsselbloem, líder dos ministros das Finanças da zona do euro. A declaração foi feita ao término da reunião dos Ministros das Finanças da zona do euro que aconteceu em Dublin (Irlanda).

O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, declarou que o acordo desta sexta-feira abre caminho para uma aprovação rápida nos parlamentos dos países-membros da união monetária. "Espero que possamos finalizar todos os procedimentos até o final de abril", disse Rehn.

Para alcançar o acordo, o governo cipriota teve que apertar os cintos. Em troca da ajuda internacional, o Chipre terá que fazer um plano de economias de 13 bilhões de euros (R$ 33 bilhões). Ou seja, 6 bilhões de euros (R$ 15 bilhões) a mais do que o previsto anteriormente. A reestruturação bancária do país, a liquidação de um banco e recapitalização do sistema financeiro também foram mantidas. "O Eurogrupo elogia a determinação demonstrada pelas autoridades em implementar estas importantes medidas num pequeno espaço de tempo e reitera a sua apreciação pelos esforços dos cipriotas nas últimas duas semanas", diz o texto.

Nesta manhã, o presidente do Chipre pediu uma ajuda extra da União Europeia para seu país enfrentar a crise. Rapidamente, correram boatos de que o Chipre gostaria de receber um valor mais elevado de ajuda financeira. O porta-voz do Chipre em Bruxelas, Michalis Koumides, porém, tratou de desmentir o rumor: “Trata-se de um pedido de ajuda e apoio financeiro suplementares a médio prazo tendo em vista a situação financeira e econômica enfrentada pelo Chipre”, informou.

Segundo Koumides, essa ajuda suplementar poderia se traduzir na aceleração do desbloqueio dos fundos estruturais da União Europeia. O mecanismo serve para favorecer o desenvolvimento econômico dos países menos avançados da União Europeia. Normalmente, esse fundo estrutural é diluído ao longo de sete anos. Mas, em casos urgentes, pode ser desembolsado mais rapidamente, explicou o porta-voz cipriota. A Grécia já se beneficiou de um acordo semelhante.

 

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