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Portugal/Crise

Desemprego atinge recorde de 16,9% em Portugal

O desemprego aumentou significativamente em Portugal no quarto trimestre de 2012, chegando ao índice recorde de 16,9%, contra 15,8% no período de julho a setembro, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas.

Fila de desempregados em frente a uma agência de empregos em Cascais, perto de Lisboa.
Fila de desempregados em frente a uma agência de empregos em Cascais, perto de Lisboa. REUTERS/Rafael Marchante
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Em todo o ano de 2012 o índice de desemprego ficou em 15,7%, ou seja, levemente acima das estimativas do governo e dos credores de Portugal, que haviam previsto 15,5%. Para 2013, o governo prevê que esse índice fique em 16,4%.

Portugal tem passado por um reforço sem precedentes das medidas de austeridade, com um orçamento marcado por um aumento generalizado dos impostos.

No quarto trimestre de 2012 o número de desempregados chegou a 923.200, uma alta de 19,7% em relação ao mesmo trimestre de 2011, em relação a uma população ativa de 5,4 milhões de pessoas. O número de pessoas que possuem um emprego é estimado em 4,53 milhões.

Entre os jovens de 15 a 24 anos, o índice de desemprego chegou a 40%, contra 39% no trimestre precedente.

O programa de reformas e de rigor colocado em prática pelo governo provocou em 2012 uma recessão econômica estimada em 3% do produto interno bruto, enquanto o Banco de Portugal prevê que em 2013 a economia deve recuar 1,9%.

O aumento do número de desempregados veio alimentar o descontentamento social contra as medidas de austeridade, que provocam a multiplicação das greves e manifestações. A CGTP, principal central sindical portuguesa, organiza protestos e passeatas neste sábado em Lisboa e nas outras principais cidades do país.

O governo português também pretende realizar este ano e em 2014 uma vasta "reforma do Estado" a fim de obter economias de € 4 bilhões, um projeto que ameaça fazer com que a revolta social aumente ainda mais.

As autoridades, que ainda não revelaram os detalhes dessa reforma, devem apresentar os pontos principais à chamada "troika" de credores (União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) de Portugal, que deve começar no final do mês uma nova avaliação da situação econômica do país.

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