A Espanha se despede de um ano que foi devastador para sua economia: desemprego em alta, rigorosas medidas de austeridade para a população, imensos aportes financeiros aos bancos, a tensão constante sobre um possível resgate econômico e protestos contra o governo conservador de Mariano Rajoy. Mas os espanhóis não podem sequer respirar aliviados. As expectativas esconômicas para o país em 2013 têm sido definidas por lá em duas palavras: "mais recessão".
Os prognósticos do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o país seguem a mesma linha: o PIB deve se contrair em 1,5% e a taxa de desemprego deve atingir até 28% da população ativa. Ou seja, mais de 6 milhões de espanhois ficarão sem trabalho em 2013. Até setembro, as linhas de crédito para bancos e empresas funcionarão apenas parcialmente e o mercado imobiliário não vislumbra nenhuma perspectiva de reação. Pelo contrário, ele deve seguir em queda.
Não bastasse a crise econômica, o parlamento espanhol terá de lidar com uma grave cisão política. Isso porque o recém nomeado presidente da Catalunha, Artur Mas, se comprometeu a fazer um referendo em 2014 para consultar a população sobre a independência da região. A correspondente da Rádio França Internacional em Barcelona, Fina Iñiguez, conversa com o Programa Linha Direta sobre as desesperadas perspectivas da Espanha para 2013.
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