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Brasil/EUA

Presidente do Fed responde às críticas de Guido Mantega

No último dia da reunião anual do Fundo Monetário Internacional em Tóquio, o presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, se defendeu das críticas feitas pelo ministro Guido Mantega a respeito dos efeitos da atual política monetária dos Estados Unidos sobre a economia brasileira.

O presidente do FED (Banco Central dos EUA), Ben Bernanke.
O presidente do FED (Banco Central dos EUA), Ben Bernanke. REUTERS/Brent Smith
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Os principais jornais econômicos destacam hoje a resposta do presidente do Fed, Ben Bernanke, às críticas do ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega. O Financial Times destaca que, na avaliação de Bernanke, a política de afrouxamento monetário do Fed é essencial para reativar a economia dos Estados Unidos, estimulando o consumo interno, o investimento e a produção.

O esforço do Fed  "ajuda não apenas na recuperação da economia dos Estados Unidos, (...), mas ajuda também a apoiar economia global", argumentou em Tóquio durante encontro anual do Fundo Monetário Internacional. Bernanke declarou ainda que até entendia a preocupação do ministro brasileiro, mas insistiu que "não está claro que as políticas monetárias acomodativas dos países ricos vão prejudicar" os países emergentes.

Mas, para Mantega, a política de afrouxamento monetário dos bancos centrais do dos países desenvolvidos, especialmente dos Estados Unidos, representa uma grave ameaça para as economias emergentes. O ministro brasileiro alerta que a política monetária do Fed vai levar à depreciação do dólar, encarecendo as exportações de outros países, entre eles o Brasil.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também endossou as preocupações de Mantega. Ontem, também durante a reunião anual do FMI, Lagarde declarou que as políticas monetárias acomodativas dos países ricos poderiam alimentar fluxos de capitais especulativos e "voláteis" para as economias emergentes. Ela também viu riscos de superaquicimento nesses países, mas tentou contemporizar. Ela disse que as iniciativas dos bancos centrais dos países ricos são "legítimas" e "necessárias" para relançar a atividade econômica.

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