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Crise/Agências

Agência Moody's coloca Alemanha, Holanda e Luxemburgo em perspectiva negativa

A agência de classificações de riscos Moody's anunciou ter rebaixado de estável para negativa a nota da Alemanha, da Holanda e Luxemburgo, evocando a possibilidade de estes países acabarem arcando com uma eventual ajuda financeira para economias fortes como Espanha e Itália. Apenas a Finlândia escapou da mesma avaliação, em parte por seu pequeno sistema bancário e suas relações comerciais limitadas com o restante da zona do euro.

Agência Moody's confirmou perspectiva para três países triplo A, exceto a Finlândia
Agência Moody's confirmou perspectiva para três países triplo A, exceto a Finlândia REUTERS/Mike Segar
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Alemanha, Holanda e Luxemburgo continuam com a nota  "AAA", mas as perspectivas desses países passaram de estável para negativa. A Moody's também diz que a probabilidade cada vez mais real de que a Grécia deixe a zona do euro pode causar sérios danos políticos nas grandes economias da Europa.

A agência lembra que o cresicmento econômico da Europa neste ano é nulo e que até o fim de setembro, avaliará a influência deste contexto de crise nas economias da França e da Áustria, dois dos países que perderam o famoso triplo A no início do ano.

A redução da perspectiva da agência para três países da Europa nada mais é do que a tradução do temor de que as grandes economias europeias tenham que arcar com o ônus de uma possível ajuda financeira aos vizinhos endividados. Economias como Itália e Espanha têm títulos das dívidas públicas nas mãos de insituições financeiras e bancos americanos, franceses, alemães e britânicos, o que explicaria o medo do contágio da crise financeira em outros países da Europa.

Entretanto, apesar da redução de perspectiva do triplo A da Alemanha, Holanda e Luxemburgo, esses países ainda continuam sendo considerados como seguros para investimentos no mercado financeiro. A Alemanha por exemplo, possui taxas negativas para a venda de seus títulos, enquanto que a Espanha continua batendo recordes dos seus juros.

Nesta terça-feira, o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, que também é primeiro-ministro de Luxemburgo, tentou acalmar os mercados antes mesmo da abertura das bolsas europeias. Ele afirma que os países que tiveram redução da perspectiva de estável para negativa possuem suas economias em um estado saudável e que o Eurogrupo se compromete a assegurar a estabilidade de todos os países do bloco.
 

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