Contribuição de países do G20 para o FMI deve superar US$ 430 bilhões, diz Calderon

O presidente do México, Felipe Calderon, anfitrião da reunião de cúpula do G20, segunda e terça-feira próximas na cidade de Los Cabos, disse neste sábado que os países do grupo devem aumentar suas contribuições ao Fundo Monetário Internacional em um montante superior a US$ 430 bilhões.

Presidente mexicano anuncia provável aumento da capitalização do FMI superior a US$ 430 bilhões. REUTERS/Mariana Bazo

Em abril, vários países membros do G20 já tinham anunciado a intenção de aumentar expressivamente os recursos do FMI, mas o montante estimado não contava com as contribuições da China, da Rússia e do México, que não haviam divulgado o valor de suas doações. A diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, declarou que precisava de US$ 400 bilhões para socorrer os países em dificuldades, principalmente na zona do euro.

A reunião de cúpula do G20 será dominada pelo resultado das eleições legislativas deste domingo na Grécia. A votação cria grande expectativa sobre o futuro da zona do euro já que a extrema-esquerda grega, com chances de vencer e formar um governo de coalizão, já informou que pretende flexibilizar as medidas de austeridade e renegociar os dois pacotes acertados com o FMI e a União Europeia (340 bilhões de euros em empréstimos, mais 107 bilhões de euros de dívidas perdoadas).

Os conservadores fizeram campanha defendendo o cumprimento do acordo e a permanência da Grécia na zona do euro. A Alemanha foi taxativa. A chanceler Angela Merkel declarou que não haverá renegociação.

Para os gregos, castigados por 5 anos de recessão, desemprego e cortes nos salários e nas aposentadorias, essa eleição é vivida como um referendo sobre a permanência do país no bloco da moeda única europeia.

Se os radicais de esquerda saírem vitoriosos das urnas, os principais bancos centrais do mundo já previram uma ação coordenada para evitar uma tempestade nos mercados financeiros.