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França/Economia

França reduz déficit público, mas a dívida explode

O governo francês comemorou hoje a queda histórica do déficit público do país que passou de 7,1% em 2010 para 5,2% do Produto Interno Bruto no ano passado. Esse foi o maior recuo realizado no período de um ano pela França, mas a dívida pública é ainda uma grande ameaça.

Sede do Ministério da Economia, Finanças e Indústria da França.
Sede do Ministério da Economia, Finanças e Indústria da França. (CC)/Wikipédia
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Em entrevista a uma rádio francesa, o presidente-candidato, Nicolas Sarkozy, festejou o dado positivo e aproveitou para fazer campanha prometendo reduzir o déficit para 3% em 2013 e chegar ao equilíbrio em 2016, caso seja eleito.

O premiê francês, François Fillon, também esbanjou otimismo e elogiou a gestão do governo. "Esses resultados não foram obtidos em detrimento do crescimento, porque a França não entrou em recessão e foi a única grande economia a não ter tido nenhum trimestre de crescimento negativo desde o segundo trimestre de 2009”, disse Fillon.

O déficit público de 5,2%  do PIB em 2011 ficou também abaixo do previsto que era de 5,7% para o período.

Mas a revista britânica The Economist, sempre ácida nos seus comentários, não vê “la vie en rose” para a economia francesa na edição desta semama. “Os bancos estão descapitalizados e o desemprego está no maior nível desde os anos 90”. As exportações também estão “estagnadas”, avalia a revista que colocou na capa que a França está numa fase de "negação" da importância da crise.

Esse panorama negativo é confirmado por dados divulgados pelo Insee (Instituto nacional de estudos estatísticos) que trazem a má noticia de que dívida pública francesa continuou a aumentar mais do que o previsto, atingindo, em 2011, o nível recorde de 85,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2010, ela ficou em 82,3% do PIB.

Espanha

Um dia depois de uma greve geral acompanhada por protestos nas principais cidades espanholas, o governo do premiê conservador, Mariano Rajoy, apresenta hoje seu projeto de orçamento para 2012, que deve ser o mais austero da história do país. O objetivo é reduzir o déficit público de 8,51% para 5,3% do PIB em doze meses. Para fazer isso, estima-se que o governo terá que arredacar cerca de 50 bilhões de euros por meio de  cortes e da geração de novas receitas. O desafio não será fácil e preocupa os outros membros da União Europeia.
 

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