Austeridade preocupa regiões autônomas da Espanha
Pressionadas por Madri para redobrar esforços para sanear as finanças públicas, as 17 regiões autônomas da Espanha se inquietam diante dessa política de rigor e pedem mais flexibilidade. De acordo com os novos cortes anunciados pelo governo conservador da Espanha, as regiões vão ter de economizar 15,6 bilhões de euros suplementares em 2012.
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O saldo negativo das regiões atingiu 2,94% do PIB espanhol no ano passado. O objetivo fixado era de no máximo 1,3%. “Não temos mais nem um euro sobrando”, declarou Ignacio Diego, presidente conservador da Cantábria, cujo déficit ficou em 4,04%. Castilha-Mancha apresentou o pior resultado, com um déficit de 7,30% de seu PIB. Apenas a região de Madri respeitou o limite imposto.
“É injusto”, diz José Antonio Grinan, presidente socialista da região da Andaluzia, que registrou déficit de 3,22% do PIB em 2011. As regiões são responsáveis por um terço das despesas públicas, principalmente nos setores de saúde e educação. A tendência é de fazer coro ao crescente movimento de insatisfação social, iniciado com os primeiros cortes impostos no ano passado.
Na última sexta-feira, o primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy provocu a ira da Comissão Europeia ao anunciar que o déficit espanhol em 2012 será de 5,8%, ao invés dos 4,4% previstos anteriormente. A Espanha enfrenta uma nova onda de recessão e um novo índice recorde de desemprego, que deve atingir 24,3%, segundo o governo.
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