A dois dias do G20, França já tem protestos antiglobalização
A dois dias da abertura da reunião de líderes do G20 em Cannes, manifestantes antiglobalização invadiram a cidade vizinha de Nice, na famosa Côte d'Azur, para participar do Fórum dos Povos. O movimento antiglobalização, composto de ongs, entidades sindicais, partidos de esquerda e ecologistas, pretende denunciar práticas polêmicas do mercado financeiro que seriam contrárias aos interesses dos povos.
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O primeiro protesto público está previsto para às 15h no horário local e pode reunir dez mil manifestantes. A prefeitura de Nice recebeu um reforço policial de 2.500 homens. Ao todo, 12 mil policiais estão mobilizados na região para garantir a segurança do G20. O comércio está fechado, já que hoje é feriado na França. Os manifestantes prometem fazer um protesto pacífico e propor alternativas às propostas que serão discutidas pelos líderes das vinte maiores economias do mundo a partir de quinta-feira.
Os dirigentes já começaram a desembarcar na cidade. A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, chega a Cannes no início da tarde de hoje.
A França obteve autorização da Comissão Europeia para realizar barreiras sistemáticas ao longo dos 164 quilômetros da fronteira franco-italiana. Os chamados "black blocs", grupos de anarquistas e baderneiros que se infiltram nesse tipo de manifestação para depredar lojas e bens públicos, serão detidos e apresentados imediatamente à justiça francesa.
O G20 de Cannes será dominado pela crise nos países do norte, principalmente na zona do euro. A presidência francesa quer fazer avançar uma série de propostas de regulamentação financeira internacional. A reunião poderá marcar uma guinada histórica, com os países emergentes assumindo a contribuição financeira para tirar a Europa da crise através do FMI.
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