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Zona euro/ crise

Ministros europeus tentam alinhar acordo sobre crise do euro

A zona euro entrou na reta final para encontrar uma solução para salvar a moeda única e restaurar a imagem de seus dirigentes, sobretudo franceses e alemães. A poucos dias da cúpula de chefes de Estado do G20, no início de novembro, Paris e Berlim continuam em um impasse sobre como evitar o contágio da crise da dívida na Grécia.

Christine Lagarde, Junker e o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, hoje em Bruxelas.
Christine Lagarde, Junker e o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, hoje em Bruxelas. Reuters
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Nesta sexta-feira, os ministros das Finanças dos 17 países que adotam o euro reuniram-se em Bruxelas para preparar o encontro dos líderes europeus no domingo, naquela que seria a reunião decisiva para um acordo. Entretanto, na falta de entendimento a dois dias da cúpula, os líderes anunciaram a realização de mais um encontro, na quarta-feira.

A reunião de domingo se anuncia “difícil”, nas palavras do ministro finlandês Jutta Urpilainen. “O impacto [da indecisão] para o exterior é desastroso”, comentou Jean-Claude Juncker, ministro das Finanças da zona do euro. “Não estamos dando exatamente um exemplo de liderança que funciona bem.“

As pressões externas de fato aumentam sobre os europeus. A China pediu hoje uma ”reforma fundamental” das finanças dos países da União Europeia. Ontem, o presidente americano, Barack Obama, teve uma conversa por teleconferência sobre o assunto com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também participou da reunião de hoje e assegurou que o FMI “vai fazer de tudo para ajudar a zona do euro a encontrar uma solução”.

O maior problema são os desentendimentos entre França e Alemanha, os motores da zona do euro, sobre a melhor forma de reforçar as capacidades do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, um instrumento essencial para impedir o contágio da crise para países como Itália e Espanha.

Paris insiste em transformar o Fundo em banco, para que seja capaz de buscar fundos no Banco Central Europeu. Mas Berlim avalia que essa opção é contrária aos tratados europeus. Os alemães preferem que o Fundo garanta uma parte dos títulos de dívida emitidos pelos países fragilizados, para incitar outros investidores a comprá-los ¬– mas franceses, espanhóis e italianos temem que esse mecanismo crie uma diferença entre as obrigações garantidas e as não-garantidas, cujos juros se elevariam rapidamente.
Além disso, o Parlamento alemão deve se pronunciar sobre qualquer decisão tomada pelo país no âmbito europeu, o que entrava as negociações.
 

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