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Reunião G20

Mantega vê "luz no fim do túnel" para crise na Europa

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, viu, em Paris, uma “luz no fim do túnel” para a resolução da crise atual na Europa. Mantega deixou a reunião ministerial do G20, encerrada neste sábado, confiante na capacidade dos líderes europeus em apresentar soluções para a crise da dívida soberana e a capitalização dos bancos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou,  em Paris, da reunião ministerial do G20.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participou, em Paris, da reunião ministerial do G20. Reuters
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“Embora a situação tenha se complicado, vemos uma luz no final do túnel e acredito que eles (os europeus) tenham os caminhos para resolver”, afirmou, em coletiva à imprensa na sede do ministério francês da Economia.

O ministro cobrou, entretanto, agilidade dos governos da União Europeia para que consigam consolidar um plano de ação que promova o crescimento sustentado e equilibrado da economia antes da cúpula dos chefes de estado e de governo do G20, que será realizada nos dias 3 e 4 de novembro, em Cannes, no sul da França.

“Embora seja importante colocar questões de médio e longo prazo, sem resolver as questões emergenciais, de curto prazo, não teremos a menor chance de alcançar um crescimento sustentado. E as questões de curto prazo que temos pra resolver são, fundamentalmente, a crise europeia, o problema dos bancos e da divida soberana”, afirmou.

Na avaliação de Mantega,  a situação econômica mundial se deteriorou desde a última reunião do bloco, no final de setembro, em Washington. A crise não estaria mais limitada às economias europeia e norte-americana, mas já estaria afetando as economias emergentes.

"Até a China dá alguns sinais de desaceleração, que se prosseguir pode ser preocupante. Esse é um cenário preocupante que deve ser enfrentado por medidas europeias. Nós não temos o que fazer em relação a isso. Claro, o G20 se solidariza, busca medidas comuns, portanto o foco da questão e as soluções estão nas mãos dos europeus."

No comunicado final do G20, as principais economias mundiais se comprometeram a garantir que os bancos europeus disponham de fundos suficientes e prometeram traçar um plano de ação para enfrentar a crise até a cúpula final do grupo, que será realizada no início de novembro, em Cannes.

Os líderes do G20 não chegaram, entretanto, a uma definição sobre o reforço dos recursos do FMI e a questão foi empurrada para a cúpula de Cannes. O comunicado final somente reconhece a necessidade de que o FMI tenha recursos «suficientes» para situações de crise.

Países como o Brasil condicionam a capitalização do Fundo à implementação de medidas concretas pelos europeus. “É preciso que os europeus resolvam seus problemas, para depois entrarmos com os fundos."

Ao final da reunião, o ministro francês da Economia, François Baroin, considerou que houve progressos importantes em temas como a regulação dos fluxos de capital para os países emergentes, reforma monetária e regulação do sistema financeiro.

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