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Economia

Recuo do desemprego nos EUA não acalma os mercados financeiros

O balanço da criação de empregos nos Estados Unidos no mês de julho foi melhor do que o previsto. A notícia provocou um alívio momentâneo nas bolsas europeias, mas a instabilidade persistiu e os pregões fecharam a semana em baixa. O premiê italiano Silvio Berlusconi anunciou que os líderes do Velho Continente vão convocar uma reunião de urgência com os ministros das Finanças do G7 para discutir a situação econômica.

Como Seul que perdeu 3,7%, as principais bolsas asiáticas fecharam em forte nesta sexta-feira, 5/8/2011, indicando um dia de turbulência nos mercados.
Como Seul que perdeu 3,7%, as principais bolsas asiáticas fecharam em forte nesta sexta-feira, 5/8/2011, indicando um dia de turbulência nos mercados. Reuters
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Segundo os dados publicados pelo ministério do Trabalho americano, 117 mil novos postos de trabalho foram criados nos Estados Unidos no mês de julho. Em conseqüência, a taxa de desemprego no país recuou 0,1%, passando a 9,1%. O resultado, o melhor desde o mês de abril, foi muito melhor do que o previsto. Os analistas apostavam na criação de 85 mil vagas que manteria a taxa de desemprego do país inalterada.

A boa notícia não foi suficiente para diminuir a onda de pânico que sacude os mercados há uma semana. As bolsas europeias, que abriram em forte queda, recuperaram em parte o prejuízo acumulado nos últimos dias, mas continuam instáveis. A bolsa de Paris, que iniciou o pregão nesta sexta-feira perdendo 2,74%, chegou a operar em alta de mais de 1%, mas voltou a cair.  O índice Dow Jones de Nova York também abriu em alta, como já era esperado, mas logo passou a operar no vermelho.

Na quinta-feira, o medo de uma nova recessão mundial, provocado por indicadores negativos sobre a economia americana e pelo risco da crise da zona do euro atingir Espanha e Itália, fez as bolsas mundiais despencarem.

Zona do euro

As autoridades europeias continuaram nesta sexta-feira ações para dissipar os temores dos investidores. O comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, interrompeu as férias e teve uma longa conversa com a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado.

Ele pediu aos mercados tempo para que as decisões tomadas para superar a crise da dívida nos países europeus na cúpula extraordinária de julho sejam concretizadas. Rehn garantiu que a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Europeu de Apoio trabalham 24 horas por dia para aplicar o pacote de ajuda à Grécia e o acordo sobre o conjunto da zona do euro.

Do lado dos chefes de governo, os líderes italiano, espanhol, alemão e francês tiveram várias discussões durante a tarde. O premiê italiano, Silvio Berlusconi, anunciou a convocação de uma reunião antecipada com os ministros das Finanças do G7. "É preciso reconhecer que o mundo entrou em uma crise financeira global, que atinge todos os países", disse Berlusconi. A reunião dos ministros das Finanças do G7 deve acontecer nos próximos dias, mas a data exata ainda não foi confirmada. 

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