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Dívida/ Estados Unidos

Depois de abrirem em alta, bolsas despencam e fecham em baixa

Não durou muito tempo o otimismo dos mercados com o acordo firmado entre o presidente americano, Barack Obama, e o Congresso, sobre o aumento do limite da dívida americana. Depois de terem aberto em alta nesta segunda-feira, as bolsas mundiais despencaram após uma série de anúncios negativos ao longo do dia, especialmente o de que a atividade industrial nos Estados Unidos caiu além do esperado.

Bolsa de Frankfurt fechou em baixa, como as demais europeias.
Bolsa de Frankfurt fechou em baixa, como as demais europeias. REUTERS/Remote/Pawel Kopczynski
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A reação instável dos mercados ocorre em decorrência da votação, hoje, do plano que prevê o aumento do limite da dívida americana. Na Europa, a notícia de que o Chipre estaria cogitando pedir ajuda da União Europeia para pagar suas dívidas, assim como fizeram Grécia, Portugal e Irlanda, contribuiu para o aumento das incertezas. O país integra a zona do euro. Somada às dúvidas sobre a capacidade de os Estados Unidos honrarem suas obrigações e quanto ao próprio futuro da economia americana, Paris encerrou o pregão em baixa de 2,27%. Milão recuou 3,87% e Frankfurt teve queda de 2,86%.

Wall Street abriu e alta, mas logo caiu 0,17% após o anúncio da baixa bem superior à esperada do índice ISM manufatureiro, que mede a atividade industrial. Aguardava-se recuo para 54,6, mas a redução foi mais profunda, para 50,9. Além disso, as bolsas sofrem os efeitos dos receios de que as agências de classificação de risco rebaixem a nota americana.

“O índice ISM indica que não há retomada econômica nos Estados Unidos”, disse o economista James Knightley, do ING Financial Markets. “As agências de classificação de risco desejam uma redução de 4 trilhões de dólares nas despesas, nos próximos 10 anos. O acordo firmado ontem no Congresso americano é mínimo e só prevê a metade disso”, avaliou René Defossez, analista da Natixis.

As tensões levaram o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, a acusar os Estados Unidos de estarem “parasitando” a economia mundial com os seus problemas de dívida. “O país vive de crédito, além das suas capacidades, e faz repousar uma parte desta carga sobre a economia mundial”, afirmou. “Ele parasita a economia mundial ao com o monopólio do dólar.”
 

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