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G20

No G20, Mantega quer diminuir pressão inflacionária global

Os ministros das finanças e os presidentes dos bancos centrais dos países do G20, o grupo das maiores economias do mundo, se reune em Washington nesta sexta-feira para discutir soluções para o desequilíbrio da economia mundial.

O Ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega
O Ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega Reuters
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Em meio a crescente preocupação com a volatilidade dos valores das commodities, o debate sobre o controle dos preços promete esquentar e ganhar mais destaque.

Na quinta-feira, Christine Lagarde, a ministra das Finanças da França, que preside o G20 neste ano e que já sugeriu implementar a regulamentação direta para os preços das commodities, enfatizou que quer eliminar a especulação e que não vai fixar preços.

A intenção da ministra é discutir no G20 o desenvolvimento de um mecanismo para melhorar as relações entre fornecedores e compradores de commodities.

Autoridades do governo brasileiro, disseram que o Brasil é contra o controle da oferta ou de preços de commodities, mas que o país quer estudar o impacto da liquidez global que vem aumentando os preços.

O ministro da fazenda brasileiro, Guido Mantega, falou em entrevista ao jornal Wall Street Journal que vai pressionar o G20 para adotar restrições sobre derivativos e fundos de hedge em países ricos para diminuir a pressão inflacionária global.

Durante jantar na quinta-feira com os participantes da reunião do G20, Mantega conversou com a ministra francesa sobre uma reforma do sistema monetário internacional. O ministro brasileiro quer implementar uma nova regulamentação para movimentos de capitais internacionais. Lagarde disse que sua preocupação é administrar o fluxo de capital e discutir a identificação da liquidez através do mundo. Ela lembrou que o Brasil tem sido vítima de movimentos bruscos de capitais.

As discussões sobre controle de capitais e de preços de commodities vão ser estendidas à reunião anual do FMI e do Banco Mundial que começa oficialmente nesta sexta-feira.

O diretor-geral do Fundo, Dominique Strauss Kahn, contou que por décadas a instituição viu o controle de capital como algo malígno, mas que hoje isto faz parte do kit de ferramentas. Ele ressaltou que não é uma solução perfeita, mas que pode ser útil em alguns casos.
Strauss Kahn insistiu que o risco para os países ricos é o problema fiscal, e para os emergentes, a inflação e o superaquecimento. “O mundo está em recuperação, mas não a que queremos”, disse.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou sobre os riscos do aumento dos preços dos alimentos e pediu que o G20 coloque a questão como prioridade. “Não é hora de complacência. O mundo precisa de um multilateralismo que funcione”, recomendou.
 

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