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China/ Brasil

Dilma critica políticas dos países ricos para combater crise

A presidente Dilma Rousseff entrou hoje na fase final de sua visita à China. Depois de participar da cúpula dos BRICS, Dilma discursou hoje para empresários, políticos e acadêmicos no Fórum asiático de Boao, na ilha de Hainnan, sul do país.

A presidente Dilma Rousseff participa do Fórum asiático de Boao ao lado do líder chinês Hu Jintao
A presidente Dilma Rousseff participa do Fórum asiático de Boao ao lado do líder chinês Hu Jintao Reuters
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Ana Carolina Dani, enviada especial da RFI à China

Em seu discurso, a presidente descreveu os principais programas sociais desenvolvidos pelo Brasil nos últimos anos e fez uma crítica aos países que adotaram políticas excessivamente restritivas para a recuperação de suas economias. Segundo ela, consolidação fiscal e controle da inflação não podem deixar de lado a inclusão social.

02:21

Presidente Dilma Rousseff

A lenta e instável recuperação econômica dos países avançados dificulta a redução de déficit fiscal e da dívida pública. Essa situação levou alguns analistas a uma resposta um tanto simples: adotar políticas restritivas. Tanto nas nações emergentes, para controlar a inflação, quanto nos países avançados, para promover uma rápida consolidação fiscal. “Eu gostaria de avançar que somos favoráveis ao controle da inflação e da estabilidade fiscal, mas isso tem que ter como objetivo criar condições para o crescimento econômico e inclusão social”, disse.

Países desenvolvidos, como os Estados Unidos e estados europeus, vêm adotando políticas ortodoxas, com cortes de salários, redução de emprego e ajustes fiscais para lutar contra os elevados déficits no orçamento e para equilibrar a dívida pública.

O Fórum de Boao, uma espécie de Davos asiático, que reúne a nata política e empresarial do continente, foi uma das últimas etapas da presidente Dilma em sua visita à China.

Ela viajou para a cidade de Xi’an, também no sul do país, onde visita, daqui a pouco, a fábrica da chinesa ZTE, que atua no setor de tecnologia da informação. A empresa anunciou investimentos da ordem de 300 milhões de dólares para a construção de um novo pólo de produção industrial na cidade de Hortolândia, em São Paulo.

O Fórum de Boao, que esse ano teve como tema principal "desenvolvimento e inclusão social" foi inaugurado pelo presidente chinês Hu Jintao, e ainda teve a presença dos presidentes de Rússia, Dmitri Medvedev, e da África do Sul, Jacob Zuma. O chefe do governo espanhol, José Luiz Rodrigues Zapatero, em visita à China, também participou do evento.
 

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