Em NY, Henrique Meirelles comemora estabilidade durante campanha eleitoral
O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, está em Nova York para visitar investidores internacionais. Na manhã desta sexta-feira ele participou de um encontro na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, onde falou, entre outros assuntos, da situação econômica do país diante do processo eleitoral, há apenas dez dias das eleições presidenciais.
Publicado em: Modificado em:
Henrique Meirelles falou para mais de uma centena de investidores e deu destaque à evolução do sistema financeiro brasileiro nos últimos oito anos, período do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou como a dívida pública diminuiu de 60% do produto interno bruto, em 2003, para cerca de 42% em 2010.
Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do Brasil
A taxa Selic nesse período caiu de 25% para 10,75%. Diante de números que mostraram a queda da inflação e do desemprego, afirmou que as políticas responsáveis levaram à estabilidade macroeconômica que deixou o país menos vulnerável, inclusive no período eleitoral, já que o país em anos de eleição historicamente registrava oscilações econômicas. «Estamos vendo que é um mercado bastante estável para um país há dez dias de uma eleição importante. Isso mostra a maturidade da estabilidade econômica do Brasil », disse Henrique Meirelles.
O presidente do Banco Central também destacou quais devem ser os impactos que as novas regras dos bancos podem trazer para a economia mundial com as regulações que entrarão em vigor após o acordo da Basileia 3 - nome dado ao novo conjunto de regras -, que os líderes do G20 devem ratificar no encontro da Coreia do Sul, marcado para novembro.
Com essas normas, os bancos serão obrigados a ter reservas de capital representando 8% de seus ativos de risco, mais que o triplo do nível exigido atualmente. Porém Meirelles destacou que o Brasil já tem regras mais rígidas, com um grau de exigência de 11%, que foi o que preservou o país durante a crise. As novas normas serão implementadas gradualmente até 2019 e envolverão 27 países. Para o presidente do Banco Central, o acordo vai ajudar a diminuir a possibilidade de novas crises.
Cleide Klock, correspondente da RFI em Nova York.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro