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Wall Street/Reforma

Mercado reage mal à reforma de Wall Street

O Senado americano aprovou, na quinta-feira, a maior reforma financeira dos últimos 80 anos. A intenção do presidente Barack Obama é colocar em prática uma lei que regulamente os mercados e proteja os consumidores contra uma nova crise.

Trader em Wall Street participa de pregão da Bolsa de Nova York.
Trader em Wall Street participa de pregão da Bolsa de Nova York. Lucas Jackson/Reuters
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Foi feito muito lobby para que a reforma financeira não fosse aprovada nos Estados Unidos. Wall Street investiu milhões em publicidade para tentar impedir que uma nova regulação entrasse em vigor. Mas o próprio presidente Barack Obama destacou que as tentativas de Wall Street fracassaram.

Em Wall Street, o clima é de apreensão sobre o que pode vir daqui pra diante. Analistas estimam que a regulação financeira pode ser mais dura do que os investidores esperavam já que a versão aprovada pelo senado é mais rígida e não deixa escapes para empresas contornarem as regras nas atividades mais arriscadas. De acordo com o Wall Street Journal, as novas normas podem reduzir os lucros das grandes instituições em até 20%.

Em entrevista à RFI,  o analista financeiro, Benjamim Tano, que trabalha em Wall Street, diz que o impacto virá, mas não deve ser tão grande. 

Eu acho que ninguém está surpreso com a aprovação da reforma no Senado.

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O analista Benjamin Tano

Analistas também declararam à imprensa americana que “os lobistas estão no controle de Washington e que a reforma pode ser modesta e adaptada às necessidades do mercado". Já que Câmara e Senado terão que reescrever um texto conjunto para sanção do presidente.

Porém a reforma tem como base uma regulação rígida para o imenso mercado dos produtos derivados de dívida, que apenas poderão ser comercializados de forma transparente, cria um órgão de defesa do consumidor ligado ao Federal Reserve e impede intervenções de resgate das instituições financeiras com dinheiro do contribuinte.

 

Colaboração de Cleide Clock, correspondente da RFI em Nova York

 

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