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Catherine Deneuve abre 76° Festival de Cinema de Cannes ao lado da filha Chiara Mastroianni

A atriz francesa Catherine Deneuve abriu oficialmente a 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes na noite desta terça-feira (16). A cerimônia aconteceu sem protestos, apesar das ameaças de manifestações contra a presença do ator norte-americano Johnny Depp, estrela do filme de abertura do evento.

atherine Deneuve junto com a filha Chiara Mastroianni, que apresentava a cerimônia de abertura do 76° Festival de Cinema de Cannes.
atherine Deneuve junto com a filha Chiara Mastroianni, que apresentava a cerimônia de abertura do 76° Festival de Cinema de Cannes. REUTERS - SARAH MEYSSONNIER
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Ao lado de sua filha, a também atriz Chiara Mastroianni, que apresentava a cerimônia, e do ator norte-americano Michael Douglas, que recebeu uma Palma por sua carreira das mãos de Uma Thurman, Catherine Deneuve fez uma breve menção à guerra. Antes de declarar oficialmente aberto o Festival, ela disse que “pensa muito na Ucrânia”, e recitou um poema da ucraniana Lessia Oukraïnka.

No ano passado, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez uma aparição surpresa, em vídeo, na cerimônia de abertura do festival, poucos meses após a invasão de seu país pela Rússia. Mas nesta edição, a dimensão política foi menos presente, pelo menos na abertura do evento.

Os sindicatos franceses haviam prometido protestos contra a reforma da Previdência e grupos feministas ameaçavam se manifestar contra a presença de Johnny Depp, estrela de “Jeanne du Barry”, filme de abertura do Festival. A produção marca o retorno do norte-americano às telas, depois dos polêmicos processos de violência doméstica e difamação envolvendo o ator e sua ex-mulher, Amber Heard.

No entanto, nenhum protesto foi visto da parte dos sindicatos e Depp, que chegou de óculos escuros, distribuiu autógrafos e fez selfies com fãs antes de subir a escadaria do Palácio dos Festivais, foi bem recebido. O ator e o elenco do filme, dirigido pela francesa Maïwenn, foram aplaudidos de pé ao entrarem na sala de projeções. “Eu tentei imitar o francês da monarquia”, disse Depp ao ser questionado por jornalistas sobre sua atuação como rei Luís XV, que ele interpreta em francês.

Um pouco mais cedo, um grupo de profissionais do cinema francês publicou uma carta em que discordava de um concurso que coloca "o tapete vermelho para homens e mulheres que agridem".

Veteranos das telonas

Além da homenagem a Michael Douglas, essa edição do festival também contará com a participação de alguns veteranos, que retornam a Cannes após vários anos de ausência. O tapete vermelho do festival receberá Harrison Ford, de 80 anos, que apresentará o quinto e possivelmente último filme como Indiana Jones ("Indiana Jones e a Relíquia do Destino"). O diretor Martin Scorsese, da mesma geração, exibirá seu filme mais recente, "Killers of the Flower Moon", sobre uma série de assassinatos de indígenas nos Estados Unidos nos anos 1920, com Leonardo DiCaprio e Robert De Niro.

O italiano Marco Bellocchio, de 83 anos, exibirá "Rapito", filme que mostra o sequestro de um menino judeu que recebe educação como cristão em meados do século XIX na Itália. Já o espanhol Víctor Erice, de 82 anos, que apresentou seu longa-metragem anterior em Cannes há três décadas, retorna à mostra com "Cerrar los ojos", em uma mostra paralela.

Recorde de participação de mulheres

Pela primeira vez, sete mulheres estão na disputa pela Palma de Ouro. Além de Alice Rohrwacher, outras veteranas voltam à competição: as francesas Catherine Breillat, com “L’été dernier” (O Último Verão), e Catherine Corsini, com “Le Retour” (O Retorno). A seleção também abre espaço para a jovem guarda: a senegalesa Ramata-Tualaye Sy participa pela primeira vez, com seu longa de estreia "Banel et Adama", e a francesa Justine Triet apresenta "Anatomie d’une Chute" (Anatomia de uma queda).

França, Estados Unidos e Itália dominam a competição oficial. Entre os 21 longas na disputa, há cineastas veteranos e assíduos. Cinco deles já foram premiados com a Palma de Ouro: Wim Wenders, Kore-Eda, Ken Loach, Nani Moretti e Nuri Bilge Ceylan.

A seleção, que também conta com um documentário, é considerada expressiva. O júri será presidido pelo cineasta sueco Ruben Östlund, vencedor de duas Palmas de Ouro, "The Square: A Arte da Discórdia" e "Triângulo da Tristeza", no ano passado.

(Com informações da AFP)

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