Sexo, drogas e K-pop: presidente da maior gravadora sul-coreana se demite após escândalo
Na Coreia do Sul, Yang Hyun-suk, chefe da YG, uma das três maiores gravadoras do país, renunciou a seu posto nesta sexta-feira (14). Ele é suspeito de estar envolvido em casos de drogas e prostituição, num escândalo o famoso gênero musical K-pop, abreviação de Korean Pop, que reúne jovens boybands, famosas no mundo inteiro.
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Frédéric Ojardias, correspondente da RFI em Seul
A gravadora YG é apelidada pelos sul-coreanos de "Yak-guk", ou a “farmácia”. Um apelido devido aos repetidos escândalos de drogas que atingiram seus jovens artistas. Nesta quarta-feira (12), o líder da boyband Ikon teve que deixar o grupo devido a um caso envolvendo narcóticos.
Yang Hyun-suk, chefe e fundador da gravadora YG, é suspeito de ter procurado silenciar o traficante que fornecia drogas para seu protegido. Hyun-suk também é acusado de fornecer prostitutas a investidores estrangeiros. Yang renunciou, mas ele nega todas as acusações contra ele. "A verdade será revelada", disse.
Este é mais um novo escândalo no mundo aparentemente bem-comportado do K-pop, a música pop coreana. Alguns meses atrás, um dos cantores mais famosos de YG, Seungri, do grupo Big Bang, se viu envolvido em um escândalo envolvendo prostituição e crimes sexuais, ao lado de outros artistas.
O K-pop tornou-se uma das armas mais poderosas do soft power coreano. Suas estrelas são aduladas em todo o mundo, e os lucros no setor de turismo e da cultura são calculados em bilhões de euros. Mas muitos temem que esses escândalos em série acabem matando a galinha dos ovos de ouro da Coreia do Sul.
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