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Cannes 2018

"O Grande Circo Místico", de Cacá Diegues, será apresentado em sessão especial no Festival de Cannes

Cannes anunciou nesta quinta-feira (12) os selecionados para a competição oficial e para as mostras paralelas da 71a. edição do tradicional festival de cinema da riviera francesa, de 8 a 19 de maio. O cineasta brasileiro Cacá Diegues traz o seu filme “O Grande Circo Místico” ao festival, mas fora da competição oficial. Frequentador assíduo de Cannes, o brasileiro participará das Sessões Especiais junto ao alemão Win Wenders, que traz um filme sobre o Papa Francisco, entre outros.

Coletiva de imprensa do 71° Festival de Cannes no dia 12 de abril de 2018
Coletiva de imprensa do 71° Festival de Cannes no dia 12 de abril de 2018 Captura de vídeo
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Na competição oficial, estão dois cineastas que vivem situações complicadas em seus países: o dissidente iraniano Jafar Panahi, proibido de trabalhar em seu país, e o cineasta russo em prisão domiciliar Kirill Serebrennikov.

Os organizadores anunciaram que uma carta será enviada às autoridades iranianas para que Panahi possa participar do festival para apresentar seu filme "Três caras", e afirmaram ter convidado também Serebrennikov, na disputa pela à Palma de Ouro com "Leto".

O diretor franco-suíço e enfant terrible da nouvelle vague (hoje com 87 anos) Jean-Luc Godard, com "O Livro de Imagens", o italiano Matteo Garrone com "Dogman" e o americano Spike Lee com "BlacKKKlansman" também estarão este ano na competição oficial, que tem a atriz australiana Cate Blanchet como presidente do júri.

O festival de 2018 será aberto pelo fime "Todos los saben", do iraniano Asghar Farhadi, falado em espanhol, com a atriz Penélope Cruz e os atores Javier Bardem e Ricardo Darín.

Os franceses Stéphane Brizé com "En guerre" e Christophe Honoré com "Plaire, aimer et courir vite", o americano David Robert Mitchell com "Under the silver lake", o chinês Jia Zhangke com "Ash is Purest White" e o japonês Hirokazu Kore-Eda com "Shoplifters"  também concorrerão à Palma de Ouro.

Harvey Weinstein e Maio de 68

Na coletiva de imprensa, o presidente do festival, Pierre Lescure, respondeu a perguntas dos jornalistas sobre os temas da atualidade, como a revolução no mundo audiovisual desde a revelação das denúncias contra o produtor americano Harvey Weinstein, afirmando que Cannes não trabalha com cotas de cineastas mulheres - este ano há apenas três na competição à Palma de Ouro - e sobre os 50 anos do maio de 68, que será lembrado este ano.

As três mulheres que estão na competição oficial, num total de 18 cineastas, são a francesa Eva Husson com "Les Filles du soleil", a libanesa Nadine Labaki, com "Capharnaum", e a italiana Alice Rohrwacher, que defenderá "Lazzaro Felice".

A competição promete ser bastante política nos temas abordados, com a presença de diretores desconhecidos e inéditos naCroisette, como é chamado o calçadão à beira-mar, onde ocorre o festival.

Entre os filmes esperados, mas em última análise ausentes, estão "O homem que matou Dom Quixote", do britânico Terry Gilliam, bloqueado por procedimentos legais, e também aqueles produzidos pela Netflix, cuja vocação de não ser distribuída nos cinemas é contrária às regras do festival.

Veja entrevista com Vincent Cassel sobre "O Grande Circo Místico" no nosso canal no Youtube e a página oficial do Festival de Cannes com a lista de todos os participantes.

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