Japão, país do mangá, dá o tom de festival de HQ na França
O Japão vai dar a cor do festival internacional de quadrinhos de Angoulême, no sudoeste da França, que começa nesta quinta-feira (25) e segue até domingo (28), com muitos eventos em torno do gênero.
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A França é o país que mais consome mangá, os quadrinhos japoneses, depois do próprio Japão. Segundo um estudo do instituto francês GfK, o mangá representa 35% do volume de vendas de HQ; o setor, aliás, mais dinâmico do mercado editorial na França. Entre os 50 álbuns mais vendidos no país em 2017, 18 eram títulos japoneses.
Aproveitando o 160° aniversário das relações diplomáticas entre Paris e Tóquio, a produção nipônica terá destaque na 45ª edição do festival, com exposições e encontros. Os principais homenageados serão Osamu Tezuka (1928-1989), o Walt Disney japonês, Naoki Urasawa, especialista em thrillers, e Hiro Mashima, autor de séries para jovens.
Brasil independente
Este ano o Brasil concorre com três publicações ao prêmio alternativo: Maria Magazine n°9, Café Espacial n°16 e Amor em Quadrinhos. A categoria contempla a melhor edição coletiva de HQ não-profissional.
Mas o orgulho nacional da França em termos de HQ, o herói gaulês Asterix, continua sendo líder de vendas. A última edição da saga, “Astérix et la transitalique”, ainda inédita no Brasil, quebrou todos os recordes anteriores, e em todas as categorias do mercado editorial, com 1,6 milhão de exemplares vendidos.
Vários veteranos recebem homenagens este ano, como o suíço Cosey, a francesa Marion Montaigne e o desenhista Sonny Liew, de Cingapura.
Panorama mundial
O evento também traz exposições especiais, como uma a respeito de Veneza nos tempos de Casanova. Quadros de pintores do século 18 serão acompanhados por leituras inéditas de desenhistas de hoje.
Já a Cidade Internacional do Desenho Animado e da Imagem propõe uma mostra com a nova geração de quadrinhistas do mundo árabe.
Outro ponto alto da festa são os prêmios. O Grand Prix, por exemplo, recompensa o conjunto de obras de um autor. Neste ano, concorrem dois americanos, Richard Corben e Chris Ware, e o francês Emmanuel Guibert. Já o Fera de Ouro, de melhor álbum do ano, tem dez concorrentes do mundo todo, sendo que quatro são mulheres.
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