Caça ao tesouro no Louvre: uma aventura lúdica e cultural
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Uma caça ao tesouro em Paris, no museu mais famoso do mundo. É o que propõe uma agência criadora de eventos lúdicos, com um programa divertido e instrutivo que pode ser curtido pelos turistas também.
Decifrar enigmas observando tesouros egípcios, buscar um código sob o olhar da Monalisa, tomar notas diante de uma escultura greco-romana, é uma aventura única, um jeito diferente de ter contato com as obras.
A caça acontece toda quarta-feira de noite, e o ponto de encontro é a pirâmide invertida no Carrossel do Louvre. As pessoas chegam aos poucos. São estudantes, famílias com crianças, pessoas de todas as idades, todo mundo com os olhos brilhando de curiosidade e excitação. Depois de entrar no museu, os aventureiros escolhem um lugar mais tranquilo que servirá de quartel-general. Ali são formados dez grupos com seis detetives cada um.
Jean-Philippe é um dos animadores da empresa de eventos que organiza o jogo, ele explica que o objetivo é decifrar os mistérios do museu o mais rápido possível. Quem cumpre o percurso em menos tempo, ganha. “Estamos à procura do último presente que Monalisa ofereceu a Leonardo da Vinci depois que ele a pintou, e este presente está dentro deste cilindro com números e letras chamado Cryptex! Para abrí-lo será preciso decifrar, através das obras do Louvre, três percursos temáticos escritos nesses papéis. Cada percurso tem um mapa com pequenas pirâmides que indicam o local das obras que contêm a resposta. Vocês terão três missões, e todas começam e terminam aqui. Além disso, vocês terão que resolver três mistérios no final da caça.”
“Boa sorte! O Cryptex espera por vocês!”
Essa é a frase mágica dita em tom misterioso por Jean-Philippe que faz os grupos saírem quase correndo pelo
museu, eu digo quase porque é proibido correr lá dentro, entre os visitantes que apreciam calmamente as obras de arte.
Mas quem será que teve a ideia dessa aventura noturna em pleno Louvre? Foi Isabelle Terrissol, diretora da Anima Events, criadora de projetos lúdicos. “Adoro arte e adoro jogos. Então eu me disse: por que não propor os dois ao público? Tem muita gente que não vai a museus por medo de se aborrecer e como crio jogos há muito tempo pensei em unir os dois, por enquanto em francês e inglês. Comecei no Louvre para ver se dava certo e tivemos muito sucesso, as pessoas adoram, se divertem com os amigos, se apropriam do museu… a ideia ultrapassa o que imaginei porque tudo acontece num ambiente magnífico, as pessoas não param um segundo sequer e é algo muito original”.
Sobre os participantes da caça ao tesouro, Isabelle diz: “Por enquanto, mais franceses, poucos turistas… e muitos jovens entre 20 e 25 anos que querem passar uma noite entre amigos em um lugar que nunca imaginaram. E muitas famílias também porque o percurso é adaptado às crianças”.
Cada grupo tem o nome de uma pedra preciosa: jade, diamante, pérola, rubi, topázio…
E é o grupo Topázio, de estudantes e amigos, o primeiro a chegar e tentar abrir o Cryptex. "Conseguimos! Que bom!", vibram os jovens exploradores, que conseguiram abrir o cilindro mágico e ganhar o presente que estava escondido. Gostaram da caça ao tesouro? "Sim, foi genial, super estimulante", diz uma das garotas. "Estou motivando para vir de novo", completa um dos amigos.
Mas esta foi apenas a primeira equipe a chegar, muitos outros grupos ainda devem voltar ao ponto de encontro para receber mais instruções e tentar abrir o Cryptex.
Ah! Vocês querem saber o presente secreto que tinha dentro do clindro mágico?
Não contem comigo para saver, afinal, a caça ao tesouro deve continuar sendo um mistério!
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