Filme brasileiro compete em festival de cinema de Macau
O filme brasileiro “Elon Não Acredita na Morte”, de Ricardo Alves Jr., abriu a programação lusófona do 1º Festival Internacional de Cinema de Macau, nessa região administrativa especial da República da China, que conta com duas línguas oficiais, o chinês e o português.
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Com entrevista realizada por Miguel Martins, em Macau
O enredo do longa, que participa da mostra competitiva, gira em torno de Elon (Rômulo Braga), cuja mulher, Madalena (Clara Choveaux), desaparece misteriosamente e não volta para casa depois do trabalho.
Ele inicia então uma longa jornada por respostas: começa a seguir as rotas diárias da mulher, além de visitar os lugares mais sombrios da cidade. Mas o que ele encontra são vários mal-entendidos e estranhos encontros.
Em entrevista à RFI em Macau, o diretor contou que o personagem de Elon já aparecia em seu último curta-metragem. "Agora investigo mais a atmosfera desse personagem perdido na cidade em busca da mulher."
Ricardo, que estudou cinema em Buenos Aires e que já filmou quatro curtas, revela que "a câmera está sempre na mão, em plano sequência". "Ela é mais um personagem do filme, tem um lugar de fala muito forte, é impositiva."
Cinema caro no Brasil
O diretor, cujo filme estreia no Brasil em agosto de 2017, critica o preço das entradas no país. "São muito caras, R$ 35 ou R$ 40. Por isso não há mais público e as pessoas não se arriscam a ver algo diferente dos blockbusters americanos."
Ele opina que o governo do PT, com Lula e Dilma Rousseff, favoreceu o crescimento da produção cinematográfica brasileira. E critica a atua situação política brasileira. "Cada dia abrimos o jornal e temos uma surpresa. A instabilidade é muito grande."
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