Em 1937, numa tentativa de concorrer com Hollywood, Mussolini teve a ideia de criar na Itália um pólo cinematográfico para produzir filmes de propaganda fascista. Assim nascia a Cinecittà, complexo que logo perdeu sua conotação política para se tornar, nos anos 50, uma referência na produção de épicos. Nessa época, grandes diretores passaram pela cidade eterna, onde rodaram clássicos como Ben-Hur, de William Wyler, ou Helena de Troia, de Robert Wise. Estrelas como Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Sophia Loren e, mais tarde, Clint Eastwood, passeavam pelos estúdios onde foram realizados filmes que entraram para a história da sétima arte.

Foi pensando em capitalizar essa imagem de “outra capital do cinema”, que foi inaugurada a exposição permanente Girando a Cinecittà. A mostra, que integra uma série de eventos que começou em 2012 como parte do processo de valorização dos estúdios, traz dezenas de vídeos, centenas de fotografias e a possibilidade de fazer passeios temáticos a partir de grandes filmes italianos e produções internacionais rodados no local.

O visitante pode entender melhor o Neo-realismo do pós-guerra, conhecer o trabalho de Federico Fellini e Luchino Visconti, entrar em um saloon digno dos "western spaghetti", ou ainda ver imagens de clássicos da comédia italiana. “Nós tentamos contar a história dos cerca de 4 mil filmes que foram rodados aqui e também dos personagens que participaram dessa aventura colossal”, comenta o escritor Italo Moscati, autor dos vídeos apresentados na mostra. Trechos de sucessos como Bellissima (1951), figurinos de Liz Taylor e Richard Burton em Cleópatra (1963) e até a Vespa de Gregory Peck e Audrey Hepburn em A Princesa e o Plebeu (1953) também fazem parte do percurso.

Sebastián Días Morales mostra a outra face da Argentina

Realidade ou ficção ? Essa é uma das questões que emerge da exposição Ficcionario, que começou na semana passada no Studio Nacional des Arts Contemporains Le Fresnoy, um centro artístico na cidade de Tourcoing, no norte da França.

A mostra é a primeira grande exposição monográfica do artista argentino Sebastián Días Morales na França. Nascido na Patagônia, mas baseado na Holanda, ele mistura em seu trabalho imagens de documentários, curtas, reportagens e filmes artísticos. Tudo isso com uma pitada de nostalgia de sua terra natal, como nos vídeos de manifestações políticas modificadas no computador ou na longa caminhada filmada em lugares estranhos de Buenos Aires, onde o glamour decadente da capital argentina fascina os espectadores.

A obra de Días Morales já foi exposta no Tate Modern, em Londres, no Centro Pompidou, em Paris e na Bienal de São Paulo. Para a mostra francesa, que fica em cartaz até 26 de abril, o artista escolheu uma série de vídeos nos quais questiona a relação entre ficção e realidade. Segundo ele, ambas são totalmente construídas. “Sendo uma construção, a realidade se torna uma ficção, que pode ser facilmente desconstruída. E a intenção da exposição é justamente uma desconstrução da realidade”, comenta o artista.

Porta dos Fundos em Portugal

Depois do sucesso no Brasil, a turma do Porta dos Fundos está pronta para conquistar Portugal. A popular série de esquetes estreou esta semana na televisão portuguesa no canal Fox . O programa humorístico será o primeiro conteúdo em língua portuguesa apresentado pelo emissora. 

A série vai ao ar no país europeu seguindo a mesma linha da Fox Brasil, compilando esquetes que estão disponíveis na internet e que já foram vistos mais de 50 milhões de vezes. Mas isso não parece espantar os produtores, que acreditam que o público da TV não é o mesmo que assiste nos computadores as aventura de Fábio Porchat e seus comparsas. Mais de 300 vídeos estão previstos, em blocos de 20 minutos de duração.