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Rendez-vous cultural

Apesar do frio, mistério e charme atraem turistas para o carnaval de Veneza

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Se o Rio de Janeiro tem o carnaval mais famoso do mundo, Veneza, na Itália, tem o mais charmoso da Europa. Foliões com fantasias elaboradas e máscaras inspiradas no século 18 tomam a cidade, apesar do inverno. A festa acontece até o dia 17 de fevereiro.  

O Carnaval de Veneza 2015 iniciou dia 31 de janeiro até dia 17 de fevereiro.
O Carnaval de Veneza 2015 iniciou dia 31 de janeiro até dia 17 de fevereiro. REUTERS/Stefano Rellandini
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A festa surge das ruas, desde o século 16, quando os nobres se disfarçavam para sair e misturar-se com o povo. Daí a importância das belas máscaras, que se tornaram um símbolo da cidade, ao lado das gôndolas. Mas há registros locais com a palavra “carnaval” que datam de 1094. Hoje o evento tem grande peso econômico para a cidade dos canais e atrai milhares de turistas do mundo todo, apesar do tempo chuvoso e das temperaturas invernais que oscilam entre 1°C e 12°C.

Entre as atrações das festividades venezianas estão a bertura oficial com um anjo que desce “voando” pela praça de San Marco até aterrissar no pátio do palácio Ducal, um desfile de barcos pelo Grande Canal e a premiação da Maria, a rainha do carnaval. Desfiles diários também acontecem na praça San Marco, além de apresentações de espetáculos de rua.

Mas para Luca Colserai, presidente da associação cultural Compagnia de Calza i Antichi,que propõe festas e eventos ligados ao carnaval de Veneza, muitas das atrações se tornaram turísticas demais. Ele recomenda as festas nos palácios venezianos ou as festas privadas, como as que ele próprio organiza. “Neste ano, vamos homenagear as cortesãs, personalidades muito importantes da sociedade de Veneza – eram mulheres cultas, socialites e diplomatas”.

Mistério

A belga Francesca Vercruysse, filha de italiano, vive há 28 anos no Brasil, mas já foi várias vezes ao carnaval de Veneza. “Ao contrário do Brasil, onde estão todos pelados, em Veneza as pessoas estão cobertas, por causa do inverno, e mascaradas – por isso há um clima muito mais misterioso”. Francesca acrescenta que as águas dos canais contribuem para a atmosfera intimista da festa. No entanto, ela também acha que o evento acabou ficando turístico demais com os anos.

A brasileira Judite Bonfim, conhecida como Jurubeba, participa do carnaval de Veneza há quase 40 anos. Ela também faz parte da Compagnia de Calza i Antichi. Ela lembra que um dos eventos da associação vai ser um concurso de poesias eróticas, que serão lidas ao ar livre.
 

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