Acessar o conteúdo principal

Com a estreia do filme Pasolini, de Abel Ferrara a primeira agenda cultural do ano confirma uma tendência vista durante 2014 e que deve continuar em 2015 : o interesse dos cineastas pelas biografias de personagens que marcaram o mundo das artes. Já a exposição do fotógrafo francês Guy Bourdin, em Londres, homenageia um dos mestres da disciplina, que influencia grandes nomes da moda e da publicidade até hoje. O giro pelo velho continente também traz um museu dedicado aos selfies, lançado por uma dinamarquesa. 

Williem Dafoe vive Pasolini em film de Abel Ferrara.
Williem Dafoe vive Pasolini em film de Abel Ferrara. Divulgação
Publicidade

Depois de Grace de Mônaco, James Brown, Turner ou Yves Saint Laurent, a estreia de Pasolini esta semana na França e ainda este mês em Portugal confirma o interesse da 7ª arte pelas biografias reproduzidas nas telonas. Os últimos momentos da vida do cineasta, poeta e escritor italiano Pier Paolo Pasolini, assassinado brutalmente em 1975, são contados pelo diretor norte-americano Abel Ferrara, que se apoiou na interpretação primorosa de Willem Dafoe.

O filme, que foi apresentado na Mostra de Veneza em setembro, trouxe novamente à tona a polêmica sobre as causas da morte do também polêmico autor de Teorema e de Evangelho segundo São Mateus. Isso porque, mesmo se Pasolini foi assassinado por um garoto de programa, que foi preso e condenado, muita gente acredita que o crime teria sido encomendado, por razões políticas ou simplesmente homofóbicas.

Pasolini, que ainda não tem data de estreia exata prevista no Brasil, não deve ser a única biografia nas telonas em 2015. Além do filme de Ferrara, as histórias do mestre do jazz Miles Davis ou ainda de Elton John devem dar o que falar no ano que está começando.

Guy Bourdin, mestre da fotografia de moda, é destaque em Londres

Outro nome que também causou polêmica foi o de Guy Bourdin. O fotógrafo francês, que é tema de uma enorme retrospectiva em Londres, foi referência nas décadas de 1970 et 80. A exposição, que acontece Somerset House, traz uma série de imagens marcaram sua época, com inspirações surrealistas e uma boa dose de fetichismo.

As fotos de mulheres caídas em poses estranhas e pés de manequins de plástico que passeiam sozinhos pela cidade são algumas da ideias criadas por Bourdin. Consideradas sexistas pelos mais politicamente corretos, suas fotografias influenciam até hoje toda uma geração profissionais do mundo da moda e da publicidade, que muitas vezes nem sabem que estão copiando as imagens fabricadas pelo francês. Não é à toa que a exposição, que fica em cartaz até o dia 15 de março, foi batizada Guy Bourdin - Image Maker, o “fazedor de imagens”.

Selfie ganha museu virtual

O termo selfie foi considerado a palavra do ano em 2013 e continuou na boca e nos smartphones de todos em 2014. Aproveitando essa onda, que custa a passar, a publicitária dinamarquesa Olivia Muus criou o Museu dos Selfies.

A originalidade do projeto virtual é que todas as imagens expostas na internet são, na verdade, uma montagem de grandes clássicos da pintura, que aparecem como se os personagens principais estivessem segurando um smartphone para realizar um selfie. A publicitária produziu as primeiras fotos diante de algumas obras de arte do Rijksmuseum, em Amterdã. Mas o projeto é participativo, e quem quiser pode contribuir com seu própria interpretação de quadros famosos. O museu está disponível no Instagram e no Tumblr.

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.