O filme "Uma História de Amor e Fúria" é o primeiro longa brasileiro em 53 anos a integrar a competição do prestigioso festival de Annecy, no sudeste da França, considerado o Cannes da animação. Ouça neste programa uma entrevista com o diretor artístico do evento, Marcel Jean. O Agenda Europa fala ainda da maior retrospectiva já organizada sobre o pintor norueguês Edvard Munch, para comemorar os 150 anos de seu nascimento.
"Uma História de Amor e Fúria", escrito e dirigido por Luis Bolognesi, conta a história de amor de um heroi imortal e Janaína, a mulher por quem ele é apaixonado há seis séculos. Os protagonistas são dublados pelos atores Selton Mello e Camila Pitanga.
A produção, que estreou nos cinemas brasileiros em abril, impressionou a equipe do festival de Annecy, como conta Marcel Jean, diretor artístico do evento: "Esse filme nos fascinou, é absolutamente único. Estamos muito orgulhosos por termos essa produção na nossa competição oficial. O Brasil, que historicamente nunca foi conhecido como um grande produtor de animações, consegue apresentar hoje em dia obras comparáveis ou até melhores do que o que se faz no resto do mundo."
Com 9 longas e 52 curtas, a competição traça um panorama do melhor da animação mundial. Ouça o programa para saber quais são os outros destaques da programação deste ano. Maior evento do mundo dedicado ao cinema de animação, o festival de Annecy começa nesta segunda-feira.
Noruega
Celebrado em todo o mundo, é somente agora, 150 anos após seu nascimento, que Edvard Munch ganha uma retrospectiva à altura de seu talento em Oslo.
Em cartaz até o dia 13 de outubro, essa é a exposição mais completa já organizada sobre o pintor norueguês. Cerca de 270 quadros e desenhos permitem acompanhar sua evolução artística. Desde as primeiras obras Munch já apresenta o estilo singular que fez dele o pioneiro do expressionismo e os temas ligados a tabus da época, como a doença e a boemia, que chocaram muitos de seus contemporâneos.
Exposições sobre Edvard Munch atraíram recentemente um milhão de visitantes em Paris, Londres e Frankfurt. A única versão de seu célebre quadro "O Grito" pertencente a uma coleção particular foi vendida no ano passado em Nova York por quase 120 milhões de dólares.
Mas santo de casa não faz milagre, e durante anos as obras legadas pelo artista à cidade de Oslo ficaram confinadas em um velho edifício longe do centro. Versões de "O Grito" conservadas nesse museu e na Galeria Nacional chegaram a ser roubadas, tamanho era o descaso com a segurança.
Esta semana, as autoridades locais finalmente anunciaram a construção de uma nova sede para o museu Munch, que deverá se instalar até 2018 na beira do fiorde de Oslo.
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