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Cinema/Cannes

Novo filme de Almodóvar divide opiniões em Cannes

O exuberante diretor espanhol apresentou neste nono dia do Festival uma saga "romântico-transsexual-científica" em que o ator Antonio Bandeiras interpreta um cirurgião plástico que tenta uma experiência fora do comum. A plateia ficou dividida no final da projeção.O segundo filme em competição pela Palma de Ouro fala de honra e de samurais.

Cenas do novo filme de Almodóvar, La Piel que Habito.
Cenas do novo filme de Almodóvar, La Piel que Habito. DR
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Que a criatividade de Pedro Almodóvar não conhece limites, todos sabem. Seu novo filme, "La Piel que Habito", que posso definir como uma saga "romântico-transsexual-científica", é mais uma viagem cinematográfica do espanhol que adora extrapolar emoção e imaginação. Mas, pela reação do público nesta primeira projeção, o enredo não convenceu a todos e a plateia ficou dividida, com poucos aplausos e sem muito entusiasmo na saída do Teatro Grand Lumière.

"La Piel que Habito" marca o reencontro de Almodóvar com seu ator Antonio Bandeiras, 22 anos depois de "Ata-me". Nesta novo trabalho, o ator interpreta um cirurgião plástico que tenta uma experiência fora do comum, raptando o estuprador de sua filha e o transformando em uma mulher, por quem acaba se apaixonando.

Almodóvar se inspirou no romance “Mygale”, do escritor francês Thierry Jonquet .

 Morrer com honra

O segundo filme de hoje é "Ishimei", do diretor japonês Takashi Miike, que conta a bela história de um samurai pobre que quer morrer dignamente. No momento de fazer hara-kiri, ele pede para ser ajudado por

Hanshiro, o samurai que quer morrer dignamente.
Hanshiro, o samurai que quer morrer dignamente. DR

três tenentes mas, por coincidência, nenhum deles aparece para ajudá-lo a morrer. A partir daí, os espectadores têm direito a um mix de honra, vingança, sentimentos de desconfiança e raiva, como exige toda boa saga de samurai.

Esta é a primeira participação do diretor Takashi Miike no Festival de Cannes.

 Terceiro filme francês político

Primeiro, foi Xavier Durringer, com "A Conquista", sobre a ascensão de Nicolas Sarkozy ao poder (fora de competição); em seguida veio  "Pater" o segundo longa do diretor francês Pierre Toller, que mostra a relação entre um presidente e um primeiro-ministro, aspirante à Palma de Ouro. Hoje é a vez da mostra "Um Certo Olhar" apresentar "L'Exercice d'État" (O Exercício do Estado), do diretor Pierre Schoeller.

O longa navega entre as relações ministeriais, as noites de insônia e a influência do poder, em um enredo marcado pelo nervosismo.

Mais tranquilo, "The Day He Arrives", do coreano Hang Sangsoo, fala dos sentimentos de Seongjun, que chega a Seul onde erra por alguns dias entre encontros e reencontros. Uma história intimista, marcada por idas e vindas entre o passado e o presente.

 

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