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Galliano/ Dior

Sem Galliano, Dior mantém desfile na Semana da Moda

A Maison Dior decidiu realizar o desfile da coleção do prêt-à-porter Outono-Inverno 2011-2012 desenhada pelo estilista britânico John Galliano, demitido por ter proferido injúrias racistas e antissemitas.

Desfile de Moda da Dior com modelos do estilista John Galliano apresentados em janeiro de 2011.
Desfile de Moda da Dior com modelos do estilista John Galliano apresentados em janeiro de 2011. Reuters
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O desfile desta sexta-feira marca o fim de uma era na história da Maison Dior e de 15 anos de estilo Galliano à frente das coleções, imagem e acessórios da grife.

Pela primeira vez, o criador não vai estar presente para mostrar a sua própria coleção, nem deixar a plateia esperando um tempão para finalmente aparecer sob os holofotes e aplausos emocionados no final do show, sempre fantasiado; cigano chique, oficial da Marinha de trancinhas ou viajante siberiano, entre outros modelitos delirantes.

Nesse contexto, pela primeira vez os bastidores estarão fechados à imprensa e Dior não fará nenhuma declaração. Falando assim parece sem importância, mas em um desfile de moda, os bastidores, o famoso backstage, indicam o nível de sucesso da coleção. É lá que as personalidades famosas e jornalistas de moda se amontoam, com taças de champagne na mão, para cumprimentar o estilista e fazer entrevistas; é lá também que os compradores do mundo inteiro fazem as encomendas.

Expectativa

Essa temporada do prêt-à-porter é a principal no mundo fashion, pois apresenta uma moda "vendável "em grande escala, ao contrário da alta-costura. Para a Dior, cancelar a apresentação representaria um prejuízo de muitos milhões de euros, não apenas na preparação da nova coleção Outono-Inverno 2011-2012, como também na sua carteira de encomendas.

Quanto às expectativas, certamente o Museu Rodin vai estar lotado. A atitude da Dior em despedir John Galliano caiu bem para todo mundo, de compradores a fornecedores e até concorrentes da marca. E cá entre nós, este vai ser um desfile histórico, um registro do fim da carreira, na Maison Dior, de um estilista fenomenal que revolucionou a marca.

Já o desfile de domingo, da própria marca de Galliano, 90% financiada pela Dior, será aberto somente para a imprensa e os compradores.

E o próprio Galliano no meio desse escândalo todo? Aconselhado por amigas, as tops Naomi Campbell e Kate Moss, que já viveram a mesma situação, das drogas e do álcool, ele se internou na clínica americana Meadows, no Arizona, especializada em desintoxicação.

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