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Unicef/sarampo

Unicef alerta para aumento de casos de sarampo no Brasil e no mundo

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas, dez países foram responsáveis por três quartos da alta dos casos registrados em 2018.

A vacina contra o sarampo deve ser administrada em 92% da população para garantir uma imunidade coletiva
A vacina contra o sarampo deve ser administrada em 92% da população para garantir uma imunidade coletiva Alix Guigon/AFP
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De acordo com dados do Unicef, 98 países notificaram mais casos da doença em 2018 do que em 2017, que é potencialmente mortal e pode ser prevenida graças à vacina. “Temos uma vacina segura, efetiva e econômica contra uma doença altamente contagiosa, que salvou um milhão de vida por ano nas últimas décadas”, disse Henrietta Fore, diretora-executiva do Fundo.

A maior epidemia acontece na Ucrânia. Em 2018, foram notificados 35.120 casos no país, 30.000 mais que em 2017. Segundo o governo, 24.042 pessoas foram contaminadas nos primeiros meses de 2019. No Brasil, 10.262 pessoas contraíram a doença em 2018. Nenhum caso foi registrado em 2017.

A falta de estrutura sanitária, a baixa conscientização da comunidade e a reticência em relação à vacinação são apontadas como fatores para a alta das contaminações. Em fevereiro, a OMS (Organização Mundial da Saúde), já havia alertado para um surto de sarampo no mundo, com cerca de 50% de casos a mais em relação a 2017. Cerca de 136 mil pessoas morreram vítimas da doença.

"Fake News" prejudicam vacinação

Na França, o aumento entre 2017 e 2018 foi de 2.269 casos, segundo o Unicef. O aumento está vinculado em parte no país às “fake news” que vinculam a vacina contra o sarampo ao autismo e outros problemas. As informações se propagam rapidamente nas redes sociais e influenciam a população.

A vacina conhecida como tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, foi criada nos anos 60. Desde sua descoberta, o número de casos no mundo diminuiu em 99%. Para obter uma imunidade coletiva, a taxa de vacinação deve girar em torno de 92%. É preciso proteger pessoas não vacinadas e que fazem parte do grupo de risco, como bebês e mulheres grávidas.

Alta nos EUA

Nos Estados Unidos, a situação também é alarmante. Desde 1° de janeiro seis focos da doença foram declarados nos estados de Washington, Colorado e Nova York, contaminando 159 pessoas. O sarampo havia sido erradicado do país no início do século. A situação atual é “inaceitável”, segundo Anthony Faucy, diretor do Instituto Nacional de Doenças infecciosas.

A maioria das epidemias americanas de sarampo começa quando o vírus chega no corpo de uma pessoa que regressa de uma viagem ao exterior. Depois se propaga entre as pessoas que não foram vacinadas, que tendem a viver perto uma das outras.

 

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