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Planetas/astronomia

Cientistas descobrem três planetas 'potencialmente habitáveis'

Uma equipe internacional de cientistas anunciou na segunda-feira (2) que descobriram um trio de planetas parecidos com a Terra que são a melhor aposta até o momento para encontrar vida fora do sistema solar. O estudo foi publicado pela revista científica britânica Nature.

Representação de planeta orbitando em torno de estrela.
Representação de planeta orbitando em torno de estrela. ESO/M. Kornmesser/N. Risinger/Handout via Reuters
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O três planetas orbitam uma estrela anã gelada que está a apenas 39 anos-luz de distância, e são provavelmente comparáveis à Terra e a Vênus em tamanho e temperatura. “É uma oportunidade inédita para se achar rastros químicos de vida fora do sistema solar", disse o autor principal do estudo, Michael Gillon, astrofísico da Universidade de Liège, na Bélgica.

Os três planetas apresentam uma "combinação vencedora" de fatores: têm tamanho similar ao da Terra, são "potencialmente habitáveis" e estão próximos o suficiente, de modo que suas atmosferas podem ser analisadas com a tecnologia existente, informou Gillon à AFP. A descoberta abre um novo "campo de caça" a planetas habitáveis, acrescentou.

Telescópio no Chile rastrea estrelas anãs

Gillon e colegas calibraram um telescópio no Chile, conhecido como TRAPPIST, para rastrear dúzias de estrelas anãs que não são grandes, nem quentes o suficiente para serem vistas com telescópios óticos. Eles se concentraram em uma estrela particularmente promissora - agora conhecida como TRAPPIST-1 -, de cerca de um oitavo do tamanho do sol, e significantemente mais fria.

Após observá-la por meses, os astrônomos perceberam que seu sinal infravermelho desaparecia ligeiramente em intervalos regulares, o que indica que há objetos em órbita. Análises posteriores confirmaram tratar-se de exoplanetas - planetas girando ao redor de estrelas fora do sistema solar.

Os dois planetas mais remotos davam uma volta completa na sua estrela anã a cada 1,5 e 2,4 dias respectivamente, embora recebam apenas quatro e duas vezes a radiação de geração de calor que a Terra recebe do Sol. A órbita mais distante do terceiro planeta demora entre quatro e 73 dias, de acordo com o estudo.

"Até agora, a existência de tais 'mundos vermelhos' orbitando estrelas anãs geladas era puramente teórica, mas agora nós temos não apenas um, mas três planetas solitários", disse o coautor do estudo Emmanuel Jehin, também da Universidade de Liège. Ele classificou a descoberta como uma "mudança de paradigma" na busca por vida em outras partes do universo.

Dados o tamanho e a proximidade da estrela de baixa intensidade, todos os três planetas podem ter regiões com temperaturas adequadas para comportar água líquida e vida, concluiu o estudo. Além disso, a proximidade com a Terra significa que os cientistas vão poder descobrir muito mais coisas.

Um vídeo com a apresentação da descoberta pode ser visto aqui: http://www.trappist.one/

 

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