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Bolsonaro e Lula trocaram "acusações odiosas" em debate marcado por nervosismo, diz imprensa francesa

A imprensa francesa analisa o último debate entre os candidatos à presidência, quinta-feira (29) à noite, na TV Globo. O jornal Le Monde diz que o ex-presidente Lula e o atual, Jair Bolsonaro, favoritos nas eleições de domingo, trocaram “acusações odiosas” na TV, ao chamar um ao outro de "mentiroso" e "corrupto".

Imprensa internacional acompanha de perto a reta final da campanha eleitoral no Brasil. (29/09/2022)
Imprensa internacional acompanha de perto a reta final da campanha eleitoral no Brasil. (29/09/2022) REUTERS - ADRIANO MACHADO
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O correspondente da emissora France Info relata que apesar de Lula chegar ao primeiro turno com ampla vantagem sobre Bolsonaro, segundo as pesquisas, o debate foi marcado pelo nervosismo. "Bolsonaro estava particularmente nervoso e só tinha uma obsessão: atacar Lula", relata a France Info.

"Diante das provocações, Lula exerceu seu direito de resposta, mas acabou perdendo o sangue frio quando foi acusado por Bolsonaro de liderar uma quadrilha durante seus governos e mandou o atual presidente se olhar no espelho", explica o correspondente.

No site da emissora, a jornalista Stéphanie Lebrun, produtora do documentário intitulado "Jair Bolsonaro, um outro Brasil", que será exibido na noite desta sexta-feira (30) pelo canal France 5, diz que o governo Bolsonaro foi marcado pela violência no poder.

O filme pretende mostrar aos espectadores como os problemas crônicos do país se exacerbaram nos últimos quatro anos. A produtora define Bolsonaro como um "populista, provocador e antissistema", que se aproveitou da desconfiança crescente dos brasileiros nos políticos para levar militares de volta ao poder".

Libération destaca voto evangélico

O jornal Libération dá chamada de capa para o primeiro turno. Em seu editorial, diz que Lula “veio de longe” e talvez isso faça a força do candidato petista nesta eleição. Mas a partida não está ganha, ressalta a publicação, principalmente entre o eleitorado evangélico.

Em quatro páginas de reportagem, o Libération traz perfis de Michelle Bolsonaro e Janja, fala sobre o papel que elas exerceram na campanha e apresenta o ex-governador Geraldo Alckmin, vice de Lula, como o representante da direita na frente republicana, que tenta barrar uma reeleição do candidato de extrema direita.

Neymar "escolheu seu campo"

O apoio de Neymar a Bolsonaro, em um vídeo publicado no TikTok na quinta-feira (29), também é amplamente mencionado pela imprensa francesa. "Ney escolheu seu campo nesta eleição ultra polarizada", diz a rádio France Info.

No Twitter, o senador francês Jérémy Bacchi publica uma foto de Neymar levando um cartão vermelho de um juiz, e critica o atacante do PSG, "um filho do povo", por apoiar um candidato fascista. Vários internautas franceses condenam o apoio de Neymar a um presidente "homofóbico, racista, fascista e destruidor do planeta".

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