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Polícia francesa tem pistas sobre paradeiro de brasileiro desaparecido em Paris

O brasileiro Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, é dado como desaparecido desde o último 23 de janeiro, em Paris. Segundo sua família, a polícia francesa conta com pistas importantes sobre o local de seu paradeiro.

O brasileiro Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, está sendo procurado pela polícia francesa e as autoridades consulares desde 23 de janeiro.
O brasileiro Robson Amorim de Freitas, de 32 anos, está sendo procurado pela polícia francesa e as autoridades consulares desde 23 de janeiro. © Arquivo Pessoal
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Por Daniella Franco, da RFI

O drama da família Amorim de Freitas, natural de Ibatiba (ES), pode estar próximo do fim. Há 10 dias, os parentes estão sem notícias de Robson, que vivia e estudava na Irlanda desde o final do ano passado. Ele deveria embarcar em um voo em 23 de janeiro no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, de volta para o Brasil.

No entanto, Robson, que sofre de depressão e faz um tratamento com medicamentos sob orientação médica, teve um surto enquanto aguardava para fazer o teste de Covid-19 no aeroporto. A irmã, Cyntia, ainda tentou convencê-lo, por telefone, a embarcar no voo, mas o estudante estaria alterado e teria interrompido a ligação.

Em entrevista à RFI, Pedro Henrique, irmão de Robson, afirma que o estudante foi ajudado por policiais no aeroporto e levado para uma clínica psiquiátrica em Paris, deixando seus pertences para trás. “Ele ficou na clínica durante 15 horas, do dia 23 ao 24. Depois de ser medicado, eles viram que ele estava aparentemente bem e ele foi liberado”, conta.

Pedro Henrique e Cyntia tentam gerenciar as buscas do Brasil enquanto aguardam que seus passaportes fiquem prontos para viajar à França. A família conta com a ajuda de um primo que vive em Paris, com os serviços consulares brasileiros, uma advogada e a polícia francesa.

Família de Robson divulga informações nas redes sociais para tentar encontrar o estudante.
Família de Robson divulga informações nas redes sociais para tentar encontrar o estudante. © Arquivo Pessoal

Nesta quarta-feira (2) Pedro Henrique afirmou que as autoridades acreditam que Robson esteja perto da estação de metrô Gare du Nord, no norte de Paris. O trajeto do estudante foi rastreado, através de câmeras de segurança, desde que foi identificado por um pedestre na última sexta-feira (28) nos arredores de Porte Maillot, noroeste da capital.

O caso despertou a atenção da imprensa francesa, alertada por posts da comunidade brasileira nas redes sociais. Segundo o jornal Le Figaro e Le Parisien, um homem indicou às autoridades francesas ter visto nesta região um jovem gritando, em inglês, “Sou brasileiro, preciso de ajuda” e exibindo um passaporte. A polícia confirmou que se tratava de Robson e conseguiu seguir parte de seu trajeto.

“A polícia deu informações para a gente que muito possivelmente ele se encontra perto da estação Gare du Nord”, disse Pedro Henrique. Nesta região, várias associações e ONGs distribuem refeições a pessoas desfavorecidas e as autoridades cogitam que Robson poderia ter encontrado abrigo nos arredores.

O cônsul-adjunto do Brasil em Paris, Ruy de Freitas Ciarlini, indicou à RFI que está em contato com a família de Robson desde o dia 24 de janeiro, "prestando todo o apoio necessário e realizando as gestões possíveis junto às autoridades francesas".

Rede de buscas

Um mutirão de mais de 20 pessoas voluntárias, liderado por um primo de Robson que vive em Paris, vem saindo diariamente para realizar buscas pela capital francesa. “Eles ficam em locais estratégicos, como pontos turísticos, grandes estações de metrô, nos arredores do aeroporto Charles de Gaulle e da clínica psiquiática, de plantão o tempo todo”, diz Pedro Henrique.

Ele e a irmã esperam receber o passaporte até 7 de fevereiro para poderem ir até Paris. “Quando encontrarem o meu irmão, ele vai precisar de uma figura familiar com ele. Como ele está em surto, a gente não sabe como ele vai reagir quando o encontrarem”, diz.

Pedro Henrique também afirmou à RFI que ele e a família vêm sendo assediados por pessoas na Europa e no Brasil, que dizem ter encontrado Robson e, em troca, pedem um resgate para revelar seu paradeiro. Fake news sobre o caso também vêm sendo propagadas através das redes sociais, o que dificulta o trabalho da polícia e das autoridades consulares.

Por isso, Pedro Henrique faz um apelo para que as pessoas não repassem notícias falsas. Todas as informações sobre o desaparecimento de Robson e as buscas estão sendo divulgadas nas contas de Pedro Henrique e a namorada, Paulla, no Instagram.

Pedro também pede ajuda à comunidade brasileira na França, para que fique em alerta caso alguém cruze com Robson em Paris. “Se o virem, por favor, liguem para as autoridades francesas que elas tomarão as medidas necessárias. A gente tem fé que o Robson vai ser encontrado e a qualquer momento vamos receber essa boa notícia”, finaliza.

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