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Posição do Brasil é “delicada” 5 anos após Acordo do Clima de Paris

Uma cúpula virtual comemora neste sábado (12) os cinco anos do Acordo do Clima de Paris. Organizada pela ONU, França e Reino Unido, a reunião visa relançar os esforços para reduzir a emissão de CO2 e frear o aquecimento global. O Brasil ficou de fora porque apresentou uma proposta de redução de gases que provocam o efeito estufa considerada insuficiente.

Segundo dados do Inpe, a Floresta Amazônica perdeu 11.088 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020, um recorde.
Segundo dados do Inpe, a Floresta Amazônica perdeu 11.088 km² entre agosto de 2019 e julho de 2020, um recorde. CARL DE SOUZA / AFP
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Com informações do correspondente da RFI em São Paulo, Martin Bernard

Só foram autorizados a falar na cúpula representantes de cerca de 80 países que apresentaram objetivos ambiciosos na luta contra as mudanças climáticas. Os Estados Unidos, que Trump retirou unilateralmente do Acordo de Paris em 2017, serão representados por dois governadores americanos. Além do Brasil, a Austrália, Indonésia e México também ficaram de fora, por exemplo.

A cúpula será aberta pelo secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, e pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson. Ela é preparatória para a próxima Conferência da ONU sobre o Clima, a COP 26, que acontece no ano que vem no Reino Unido.

O Acordo do Clima de Paris foi assinado em 12 de dezembro de 2015 por 196 países com o objetivo de limitar a crise climática e conter a alta das temperaturas. Sem novos compromissos, os especialistas alertam que o mundo caminha para um aquecimento de 3,5°C a 4°C em 2030.

Desmatamento na Amazônia

O Brasil, que sediou a ECO-92, está, 30 anos depois, em uma « posição delicada » escreve o correspondente da RFI em São Paulo, Martin Bernard. O país, que é um dos signatários do Acordo de Paris, apresentou nesta semana sua meta de descarbonização até 2060. Na prática, a proposta permitirá que o Brasil emita mais gases que provocam o efeito estufa em 2030 do que previsto inicialmente.

Apesar de ter investido em energias renováveis, o país é criticado por causa do desmatamento na Amazônia, lembra Bernard. Nos dois últimos anos, milhares hectares da floresta foram destruídos, Bolsonaro é acusado de conivência e continua a ignorar os apelos feitos pela comunidade internacional, e em particular pelo presidente francês Emmanuel Macron.

Ao contrário, o presidente brasileiro pede à comunidade internacional US$ 10 bilhões para proteger a Floresta Amazônica, a título de compensação por eventuais serviços prestados ao meio ambiente, informa o correspondente da RFI.

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