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Internado há uma semana com Covid-19, cacique Raoni deve deixar o hospital

Internado há uma semana, o cacique Raoni Metuktire deverá deixar o hospital onde estava internado nas próximas horas, ainda nesta sexta-feira (4). Ele se recuperou de uma inflamação cardíaca, efeito colateral da Covid-19, e já está curado da doença.

O cacique Raoni terminou o seu giro europeu de 2019 no Vaticano, com o papa Francisco.
O cacique Raoni terminou o seu giro europeu de 2019 no Vaticano, com o papa Francisco. Handout / VATICAN MEDIA / AFP
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A liderança indígena estava internada em um hospital do município de Sinop, em Mato Grosso. Raoni realizou exames nessa quinta-feira (3) que avaliaram o coração e os pulmões.

Exames feitos no fim de semana apontaram que Raoni desenvolveu anticorpos contra o novo coronavírus. No entanto, após se queixar de dores no peito na segunda-feira (31), foi constatada uma inflamação no tecido cardíaco. Na quarta-feira (2) ele já mostrava melhora no quadro inflamatório.

No dia 14 de agosto, Raoni foi diagnosticado com pneumonia, enfermidade que estava sendo tratada na própria aldeia. Ele foi encaminhado ao hospital no dia 28, quando testou positivo para o novo coronavírus, já com presença de anticorpos.

Indicado ao prêmio Nobel da Paz

Indígena da etnia Kayapó, o cacique Raoni, de 89 anos, se firmou como um dos principais representantes dos povos indígenas no mundo.

Em 1977, um documentário sobre sua vida foi exibido no Festival de Cannes.  Dirigido por Jean-Pierre Dutilleux e Luiz Carlos Saldanha, o filme “Raoni” (1978), em que o cacique denuncia a invasão de suas terras por fazendeiros e a devastação da floresta, chegou a ser indicado ao Oscar de melhor documentário.

A partir de então, Raoni se transformou em um dos mais importantes porta-vozes dos povos indígenas para a comunidade internacional. Em 2019, o cacique foi indicado para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz.

Raoni esteve à frente da campanha contra a construção da usina de Belo Monte, no Xingu e viajou o mundo denunciando os impactos e as violências aos povos indígenas da região em decorrência das obras da hidrelétrica.

Ainda em 2019, o cacique foi recebido no Palácio do Eliseu, pelo presidente Emmanuel Macron e terminou o seu giro europeu no Vaticano, sendo recebido pelo papa Francisco.

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