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Navio-hospital 'Papa Francisco' reforça combate ao coronavírus na Amazônia

O navio-hospital "Papa Francisco", que há um ano percorre o rio Amazonas dando assistência médica às populações ribeirinhas, se juntou ao combate ao coronavírus na região. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo portal do Vaticano.

Captura vídeo do barco-hospital "papa Francisco" que atua na região da Amazônia.
Captura vídeo do barco-hospital "papa Francisco" que atua na região da Amazônia. © Vatican News
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A construção do navio-hosptial foi possível graças a um acordo entre o estado do Pará e o Vaticano. O governo paraense destinou para a realização da embarcação as indenizações pagas pelas empresas Shell e Basf, após um acidente ambiental que causou 60 vítimas e danos consideráveis.

Com 32 metros de comprimento, o barco conta com 23 profissionais de saúde. Possui também salas de raio X, mamografia, ecocardiograma, testes de estresse, sala de operações, laboratório de análise, farmácia, sala de vacinação, consultórios médicos, consultórios oftalmológicos e odontológicos, além de leitos hospitalares. Ele começou a atuar na região em agosto de 2019.

"Não poderíamos ficar fora desta luta. Nos unimos, nos reorganizamos em nossos serviços para que juntos lutemos contra a Covid-19", explicou o frei Joel Sousa, membro da coordenação do navio, em uma entrevista citada pela Vatican News.

"Estamos atendendo principalmente os sintomas de gripe e os sintomas leves da Covid-19. Os doentes podem consultar com o médico e também entregamos os medicamentos, em colaboração com a secretaria de Saúde local", explicou o religioso.

Comunidades indígenas dizimadas

A pandemia está dizimando as comunidades indígenas da América Latina. Além de terem defesas imunológicas precárias contra doenças, elas também são vítimas da negligência estatal histórica.

Os dados da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) apontaram em meados de junho que há pelo menos 20.000 indígenas infectados na bacia do rio Amazonas, que abrange Brasil, Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname. "Esses grupos vivem tanto em aldeias isoladas com acesso mínimo a serviços de saúde como em cidades densamente povoadas como Manaus, Iquitos (no Peru) e Leticia (Colômbia)", afirmou a diretora da OPAS, Clarissa Etienne.

A América Latina se tornou nessa segunda-feira (13) a segunda região mais atingida pela pandemia do mundo em número de vítimas fatais, atrás apenas da Europa. Ela tem mais de 146.000 vítimas fatais e mais de 3,4 milhões de contágios.

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