Acessar o conteúdo principal
Brasil/ONU

"Sem responsabilidade fiscal não existe responsabilidade social", diz Temer na ONU

O presidente Michel Temer abriu na manhã desta terça-feira (19) as discussões da Assembleia-Geral da ONU com um discurso genérico, centrado na valorização da instituição, agora comandada pelo português António Guterres, e na defesa do multilateralismo.

Discurso do presidente Michel Temer durante abertura da 72ª Assembleia da ONU em Nova Iorque
Discurso do presidente Michel Temer durante abertura da 72ª Assembleia da ONU em Nova Iorque TIMOTHY A. CLARY / AFP
Publicidade

Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

Em seu discurso, na linha do que pediu o presidente Donald Trump nesta segunda-feira (18), com quem jantou em Nova York, Temer criticou o governo venezuelano, afirmando não haver mais espaço para alternativas à democracia na América do Sul. Ele também condenou a nova onda de protecionismo econômico no globo, condenou os teste norte-coreanos e afirmou que o Brasil tem compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate à mudança ao clima.

Temer afirmou ainda que o Brasil está na vanguarda do movimento em direção a uma economia com baixas emissões de carbono e garantiu que o país seguirá empenhado na defesa do Acordo de Paris. Também defendeu seu governo em relação à Amazônia, afirmando que houve uma redução de 20% no desmatamento na área em relação ao ano passado.

“Seguiremos empenhados na defesa do acordo de Paris”, declarou. Ele ainda disse que o Brasil orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta. O presidente brasileiro também afirmou que em relação ao desmatamento o Brasil “retomou o bom caminho”

"Brasil supera crise sem precedentes"

Como esperado, o presidente também saiu em defesa das reformas estruturais que, segundo ele, irão resgatar o equilíbrio fiscal e a credibilidade da economia brasileira. Prometeu geração de empregos e, em um recado à oposição, disse que sem responsabilidade fiscal a responsabilidade social não passa de um discurso vazio. “Aprendemos e estamos aplicando na prática essa regra elementar”, declarou.

Segundo ele, o Brasil está superando uma crise econômica sem precedentes. “Estamos resgatando o equilíbrio fiscal e com ele a credibilidade”, disse. “Voltamos a gerar empregos e recobramos a capacidade do estado de levar adiante políticas sociais indispensáveis em um país como o nosso.

Nuclear e Coreia do Norte

Temer lembrou que a constituição brasileira veda a produção de energia nuclear para fins não-pacíficos. “Perduram na agenda de paz e segurança questões que suscitam apreensão”, disse Temer, citando os testes realizados pela Coreia do Norte, lembrando que o Brasil condena esses atos, que requerem uma “solução pacífica”.

O presidente brasileiro também reiterou a posição no país no conflito entre Israel e Palestina, dizendo que o país favorece a solução dos “dois estados” em fronteiras internacionalmente reconhecidas e acordadas. Para a Síria, o Brasil defende uma solução política, lembrou Temer em seu discurso, citando também a crise dos refugiados, e pedindo que seus dramas sejam ouvidos. No fim, ele pediu mais união às nações.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.