Justiça proíbe atividades do Instituto Lula na véspera de depoimento em Curitiba
As atenções estão voltadas para Curitiba, onde é esperado que o ex-presidente Lula e o juiz Sérgio Moro fiquem cara a cara nesta quarta-feira (10). Foram várias decisões judiciais desfavoráveis ao petista às vésperas do depoimento.
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Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília
A tentativa da defesa de adiar o encontro com Moro fracassou, mas os advogados apelaram ao Superior Tribunal de Justiça e ainda tentam reverter a situação. Também pedem para gravar o depoimento em vídeo, o que foi negado por Moro. Outro revés para Lula foi a decisão da Justiça Federal de suspender as atividades do Instituto Lula porque teria sido local de encontro para prática de vários ilícitos criminais, segundo o despacho.
“Há indícios abundantes de que se tratava de local com grande influência bo cenário político do país, e que possíveis tratativas ali entabuladas fizeram eclodir várias linhas investigativas”, disse o texto do despacho. A Junta Comercial de São Paulo já foi acionada. Lula foi comunicado e a Polícia Federal, que deve cumprir a ordem no prazo de três dias.
Militantes pro-Lula fazem protestos
Em nota, o instituto diz que tem uma história de 26 anos dedicados a apoiar a transformação da sociedade brasileira, superar a desigualdade e apoiar a construção da democracia no Brasil e no mundo. Os advogados do instituto informaram que vão averiguar as medidas cabíveis.
Em contrapartida às derrotas judiciais, milhares de representantes da Frente Brasil Popular e outros movimentos sociais, como MST e CUT, estão acampados em Curitiba para apoiar Lula durante o depoimento. Eles fizeram vigília durante a noite, com a presença também de senadores e deputados do PT. Lula deve ser questionado por Moro sobre o triplex de Guarujá.
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