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Espanha

Celular pode incriminar autor de chacina de família brasileira na Espanha

O sistema de geolocalização do telefone celular do suspeito forneceu informações que confirmam que ele esteve na casa das vítimas no dia do crime. O possível autor da chacina é o sobrinho da família brasileira, morta e esquartejada na Espanha.

Televisão espanhola mostra a foto do brasileiro suspeito, chamado de "o esquartejador de Pioz"
Televisão espanhola mostra a foto do brasileiro suspeito, chamado de "o esquartejador de Pioz" Canal La Sexta TV
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Um novo indício reforça a tese de que François Patrick Nogueira Gouveia, de 19 anos, é o autor do assassinato de seus tios e primos em setembro passado. Segundo José Julián Gregorio, delegado de Governo da região de Castilla – La Mancha, onde ocorreu a chacina, o telefone celular de Gouveia confirma que “o suposto autor desse terrível crime esteve durante a tarde, a noite e a manhã seguinte no chalé no dia dos fatos".

A Guarda Civil espanhola já havia afirmado na semana passada ter "vários indícios razoáveis e provas incontestáveis" de que François foi o autor material do crime.

Entre as pistas citadas, os investigadores apontaram que o sobrinho trocou apressadamente sua passagem de avião para voltar ao Brasil em 20 de setembro, dois dias depois da descoberta dos cadáveres. Até agora, nada indica que ele tenha contado com cúmplices ou estivesse relacionado com o crime organizado.

Os cadáveres da família, vinda da Paraíba, foram encontrados esquartejados dentro de sacos plásticos em sua casa em Pioz, uma tranquila localidade de 4 mil habitantes, localizada 60 km ao leste de Madri. As vítimas eram Marcos Campos Nogueira, sua esposa Janaína Santos Américo, ambos de 30 anos, e os dois filhos do casal, de um e quatro anos. Um vizinho alertou a polícia devido ao mau cheiro que emanava da casa. A última vez em que o pai da família foi visto com vida foi em 17 de agosto. Desde que os corpos foram encontrados, o assunto é destaque na imprensa do país. 

Suposto assassino está em liberdade no Brasil

François mora na cidade de João Pessoa e, no momento, se encontra em liberdade. A chancelaria espanhola pediu às autoridades brasileiras a detenção e a prisão preventiva do suspeito, já interrogado pela polícia de seu país. Mas a justiça do Brasil respondeu que, em virtude do tratado bilateral de extradição, não poderá entregar o rapaz.

No entanto, segundo comunicado emitido nesta sexta-feira (14) pelo Tribunal Superior de Justiça da região de Castilla-La Mancha. As autoridades brasileiras solicitaram todo o processo policial e judicial conduzido na Espanha para iniciar os trâmites de um processo penal no Brasil.

As autoridades espanholas não quiseram se aventurar no motivo do crime, afirmando que pode haver várias causas e que boa parte da investigação segue em segredo de justiça. Sabe-se apenas que o jovem tinha um passado violento. Patrick esteve internado num centro de detenção juvenil durante 45 dias por esfaquear um professor quando tinha 16 anos. Ao apresentar seu perfil, a Guarda Civil espanhola definiu o suspeito como psicopata, narcisista e com falta de "apego à vida humana".

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