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Espanha/brasileiro/crime

Espanha quer prisão de brasileiro que teria matado família em Guadalajara

O ministério das Relações Exteriores espanhol solicitou ao Brasil a prisão preventiva do suspeito de matar uma família brasileira de quatro integrantes, segundo uma nota judicial emitida nesta sexta-feira (7).

Casa onde corpos da família brasileira foram encontrados.
Casa onde corpos da família brasileira foram encontrados. AFP
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François Patrick Nogueira Gouveia, suspeito de matar o tio Marcos Campos Nogueira, a tia Janaína Santos Américo e os dois filhos do casal, de um e quatro anos, "foi localizado" pela polícia brasileira, indicou nesta sexta-feira à AFP uma fonte judicial espanhola.

As autoridades do Brasil fizeram a notificação na véspera ao tribunal que lida com o caso em Guadalajara (centro), perto de Pioz, localidade onde em 18 de setembro os cadáveres da família, originária da Paraíba, foram encontrados.

Os quatro corpos estavam em sacos plásticos e os dois adultos, de 30 anos, foram esquartejados. Graças a essa notificação, foi iniciada, “por via diplomática, a ordem de detenção europeia e internacional emitida na data de 22 de setembro de 2016" contra o suspeito, indicou em uma nota o Tribunal Superior de Justiça da região de Castilha-La Mancha, onde se encontra Guadalajara.

Jovem apresenta perfil psicótico

Essa ordem de detenção estava dirigida em um primeiro momento à Interpol, e não ao Brasil especificamente, já que as autoridades espanholas não sabiam do paradeiro do jovem, de 19 anos. Na quarta-feira (5), a Guarda Civil espanhola disse à imprensa ter "muitos indícios razoáveis e provas inquestionáveis" de que François Patrick foi o autor material do crime. Os investigadores acrescentaram que o jovem apresenta um perfil psicótico e que não há indicações que ele tivesse cúmplices ou estivesse ligado ao crime organizado.

O advogado da família de Marcos Campos, Eduardo de Araújo Cavalcanti, já havia afirmado nesta semana à imprensa brasileira que a polícia tem seu endereço na cidade de João Pessoa (Paraíba).

A própria Polícia Federal brasileira (PF) indicou na quinta-feira em um comunicado que havia interrogado o suspeito e pedido autorização ao ministério da Justiça e Cidadania para a "instauração de inquérito policial". A PF estaria aguardando “a remessa, pelos canais adequados, das provas colhidas pelas autoridades espanholas, indispensáveis para a elucidação dos fatos no Brasil".

O tratado bilateral de extradição entre Espanha e Brasil exclui uma entrega do suspeito, que antes do crime conviveu com a família assassinada na localidade de Torrejón de Ardoz, perto de Madri. A justiça espanhola, por isso, pede uma comissão rogatória para "efetuar diligências de investigação" no Brasil, segundo a nota desta sexta-feira.
 

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