Interpol envia equipe especial para reforçar segurança dos jogos no Rio

O grupo ficará sediado em Brasília e opera a partir de conexões com bancos de dados de 190 países.

Segurança reforçada para os Jogos Olímpicos do Rio, em Ipanema. REUTERS/Ivan Alvarado

Uma equipe da Interpol, que conta com peritos em antiterrorismo, foi especialmente deslocada ao Brasil para reforçar a segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos ao lado de policiais de 55 países, afirmou nesta quarta-feira (3) a organização da cooperação policial internacional.

A equipe, conhecida como IMEST (Interpol Major Events Support Team, na sigla em inglês), estabelecida em Brasília, tem não apenas um acesso direto e imediato aos bancos de dados da organização, mas também podem trocar mensagens urgentes e outras informações (impressões digitais impressões digitais, fotografias, DNA, registros de pessoas), com 190 países membros, explicou a entidade em comunicado oficial.

A fragilidade das fronteiras

O IMEST opera com 255 policiais de 55 países. Seus bancos de dados contêm, em especial, informações sobre mais de 7 mil terroristas estrangeiros. Para controlar as fronteiras do país, o Brasil realiza uma média de um milhão de verificações por dia em suas fronteiras, através de uma base de dados que contabiliza cerca de 60 milhões de passaportes perdidos ou roubados, além de informações sobre pessoas procuradas, diz a Interpol, com sede em Lyon, na França.

O ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, reconheceu recentemente que o calcanhar de Aquiles da segurança brasileira estava nos mais de 17 mil km de fronteiras que o Brasil compartilha com outros dez países.

Cerca de 11 mil atletas e 500 mil turistas são esperados no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos, cuja cerimônia de abertura acontece nesta sexta-feira (5).