Manifestantes pró e contra impeachment de Dilma voltam às ruas
Manifestações de rua a favor e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff acontecem neste domingo (31) em dezenas de cidades no Brasil e no exterior.
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Com uma pauta em cinco itens, o movimento Vem pra Rua vai defender o impeachment definitivo de Dilma; apoio à Operação Lava Jato; a aprovação do projeto das 10 medidas Contra a Corrupção, proposto pelo Ministério Público Federal; a prisão de políticos corruptos; a renovação política e o fim do foro privilegiado. Estão previstas passeatas em 200 cidades.
Em São Paulo, a concentração do Vem pra Rua está marcada para as 14h, na avenida Paulista. No Rio de Janeiro, o protesto começa às 10h na praia de Copacabana.
Os grupos Movimento Brasil Livre e Nas Ruas adiaram seus protestos para agosto, em uma data mais próxima à votação do impeachment.
Manifestações "Fora Temer" estão previstas na Europa e nos EUA
Manifestações "Fora Temer" também foram convocadas em pelo menos oito estados brasileiros e 20 cidades europeias e americanas. Na Europa, Paris, Londres, Berlim, Amsterdã, Madri e Lisboa terão, entre outras, atos contra o governo interino e o processo de impeachment, considerado ilegítimo.
Na capital francesa, a manifestação "Fora Temer" começa às 16h na praça da República. Em São Paulo, o ato acontece às 14h no Largo da Batata, enquanto no Rio de Janeiro a concentração foi marcada para as 15h no Largo da Candelária.
STF divulga calendário de votação no Senado
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, informou neste sábado (30) que o início do julgamento de impeachment de Dilma deve ser no dia 29 de agosto. A expectativa é de que o julgamento se prolongue por uma semana. A presidente afastada já apresentou sua defesa ao Senado na semana passada e negou ter cometido crime de responsabilidade.
A denúncia do impeachment acusa Dilma de duas irregularidades. A de ter editado decretos que ampliaram a previsão de gastos do Orçamento sem autorização do Congresso, em um momento em que o governo tinha dificuldade de atingir a meta fiscal. Ela também é acusada de ter cometido crime de responsabilidade com as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano Safra, programa federal de financiamento agrícola executado pelo Banco do Brasil.
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