Prisão de membros do PMDB pode causar reviravolta do impeachment no Senado
O presidente interino Michel Temer estaria sendo pressionado pelos senadores, que fazem "exigências" para continuar apoiando o governo e a saída de Dilma. A presidente afastada precisa de dois terços dos votos dos membros do Senado no fim do processo para deixar definitivamente o cargo.
Publicado em:
Luciana Marques, correspondente da RFI em Brasília
A crise envolvendo o partido do presidente interino Michel Temer se intensificou com os pedidos de prisão de quatro integrantes da cúpula do PMDB: Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Romero Jucá e José Sarney. A situação pode contribuir para que senadores votem contra o processo de impeachment de Dilma Rousseff. No Senado, tanto governistas quanto oposicionistas preferiram adotar um tom cauteloso em relação ao presidente da Casa, Renan Calheiros.
Ainda que considerem a situação grave, boa parte dos senadores protegeu Renan e evitou criticá-lo mesmo diante das acusações de que ele estaria tentando obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Eles pediram mais informações sobre o caso e esperam uma resposta rápida do Supremo Tribunal Federal, em meio ao andamento do processo de impeachment.
Processo contra presidente do Senado não iria para a frente
Considerado um presidente conciliador, nem PSDB nem PT têm interesse em enfraquecer Renan Calheiros. Assim como ocorreu com o senador Romero Jucá nesta terça-feira, qualquer processo contra o presidente do Senado no Conselho de Ética provavelmente não prosperaria.
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