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Brasil

Violência policial marca protestos contra PMDB no RS e DF

Após o anúncio do Senado sobre o afastamento de Dilma Rousseff nesta quinta-feira (12), manifestantes organizaram diversos protestos pela internet contra o PMDB, partido do presidente em exercício, Michel Temer. As maiores mobilizações foram registradas nos Estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo. Em Brasília e Porto Alegre, a repressão policial marcou as manifestações.

Manifestante detido pela polícia durante protesto contra o afastamento da presidenta Dilma Rousseff em São Paulo, nesta quinta-feira (12).
Manifestante detido pela polícia durante protesto contra o afastamento da presidenta Dilma Rousseff em São Paulo, nesta quinta-feira (12). Miguel Schincariol / AFP
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Idealizados pelo grupo Levante Popular da Juventude (LPJ), vários "escrachos" contra o PDMB foram agendados para as 17 horas desta quinta-feira (12) na frente das sedes do partido. O ato foi inspirado em manifestações contra regimes ditatoriais da América Latina.

Em Porto Alegre, onde houve muito tumulto, a polícia militar acompanhou de perto a manifestação desde o início. Segundo os militantes, o protesto acontecia de forma pacífica, no centro da capital gaúcha, mas os policiais começaram a atirar bombas de gás lacrimogênio para esvaziar as ruas. Porto-alegrenses relataram que policiais chegaram a apontar armas em direção aos participantes da manifestação. Comerciantes fecharam às pressas as portas de seus estabelecimentos. O ato, que era contra Temer, se transformou em uma manifestação contra a truculência dos policiais.

Violência entre polícia e manifestantes também foi registrada em Brasília. Militantes pró-Dilma deitaram na rampa do Palácio do Planalto durante o discurso de posse de Temer. A polícia utilizou spray de pimenta para dispersá-los e fez um cordão de isolamento para evitar que eles ocupassem o local novamente.

Manifestantes reclamaram que a violência policial foi pouco mencionada na cobertura dos protestos pela maioria da grande imprensa brasileira. Nas redes sociais, participantes postaram fotos e vídeos das cenas de violência, denunciando a truculência da polícia.

Manifestações pacíficas

Em São Paulo, cerca de cinco mil militantes realizaram o primeiro ato da Frente Povo sem Medo, na avenida Paulista. Reforçado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a manifestação foi pacífica. Em frente à sede do PMDB da capital paulista, o LPJ também marcou presença realizando o escracho.

Em Fortaleza, com apoio do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rural Sem Terra (MST), o LPJ reuniu dezenas de pessoas diante da sede do PMDB na capital cearense e não registrou violência. Outras cidades, como Campinas (SP), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Recife (PE), Sobral (CE) também realizaram atos em defesa de Dilma Rousseff e contra Temer.

Em sua página no Facebook, o LPJ promete continuar a mobilização contra o presidente interino. "Não aceitamos o golpe e vamos denunciá-lo, assim como todos os golpistas traidores da democracia. O capacho do empresariado paulista Michel Temer e seu braço direito Eduardo Cunha precisam desaparecer da política brasileira", publicou o grupo em um post.

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