Com o início oficial do processo de impeachment e o afastamento da presidente brasileira Dilma Rousseff do cargo, o cenário político do Brasil entre em uma nova etapa. A chefe de Estado terá até 180 para provar que, como alega sua defesa, não cometeu nenhum crime de responsabilidade.
No entanto, para o cientista político David Fleischer, professor emérito da Universidade de Brasília, durante esse período a presidente pode perder o apoio popular e até de seu partido. “Eu acredito que não vai ter muita manifestação e Dilma. Além disso, já tem gente afirmando que o PT vai esquecer dela, pois o partido tem que cuidar das eleições municipais este ano. E como a previsão é de que o partido eleja menos vereadores e prefeitos que em 2012, o PT tem outras preocupações além da Dilma”, comenta.
O especialista, que escreveu vários livros sobre o Brasil, também faz uma análise otimista do futuro das relações exteriores do país. “ O Brasil sempre foi reconhecido por ter uma diplomacia muito competente, algo conquistado em parte pelo ex-presidente Lula. Mas Dilma sucateou totalmente o Ministério das Relações Exteriores. Agora, com José Serra, nossa diplomacia vai voltar a funcionar normalmente, com recursos suficientes para trabalhar”, prevê.
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