Dilma deixa Temer no cargo e vai para Nova York denunciar golpe
A presidente brasileira Dilma Rousseff desembarca nesta quinta-feira (21) em Nova York, onde pretende denunciar o processo de impeachment. Durante sua ausência, vice Michel Temer fica no poder.
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Dilma vai para os Estados Unidos participar, nas Nações Unidas, da assinatura do tratado concluído em 2015 durante a Conferência do Clima de Paris (COP 21). Após a cerimônia, ela deve discursar sobre a importância do acordo internacional e sobre as conquistas de seu governo nos últimos anos.
Desde a manhã desta quarta-feira (20) a imprensa brasileira especula sobre a possibilidade de Dilma aproveitar a ocasião para denunciar, diante de uma tribuna mundial, um processo de impeachment que considera ilegal.
Isso é tentativa de eleição indireta, diz Dilma
Na terça-feira (19) a presidente brasileira voltou a acusar a oposição de tentar desestabilizá-la desde que foi reeleita em 2014. Ela chamou de "aventura" o governo que seu vice-presidente estaria preparando para substituí-la no caso de ser destituída pelo Senado.
"Este meu segundo mandato tem o signo da desestabilização política (...) A aventura golpista levou a uma situação que nós não vivíamos no Brasil, de raiva, de ódio, de perseguição", afirmou Dilma diante de correspondentes estrangeiros. "Isso não é impeachment. É uma tentativa de eleição indireta de um grupo que de outra forma não teria acesso pelo único meio justificável (...) Isto não trará estabilidade política ao país. Por que não trará estabilidade política ao país? Porque rompe a base da democracia", afirmou.
Segundo informações do Palácio do Planalto, Dilma volta para Brasil na noite de sexta-feira (22) ou na manhã de sábado (23).
(Com informações da AFP)
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